caso marielle
A pergunta não é mais “quem mandou matar Marielle”, e sim: por que as “autoridades” – inclusive da falsa esquerda, que cala e busca enterrar o caso – estão acobertando o mandante?
Está se desenhando, a olhos vistos, a maior falcatrua jurídica da história recente e, sem dúvidas, o mais escandaloso caso de acobertamento de um assassinato político, de uma então vereadora, em plena intervenção militar. Se alguém quer uma prova maior de que não existe justiça para o povo nesse sistema e de que a velha democracia está morta, aqui está a maior de todas.
Bolsonaro e Élcio de Queiroz, envolvidos no caso Marielle
Bolsonaro não é citado em investigações do caso Marielle apesar de envolvimento com assassinos imediatos, suspeitos intermediários e supostos mandantes. Cenário de agitação da extrema-direita a nível nacional em 2018 também não é considerado por investigadores.
Lessa detalhou como toda a PM e Polícia Civil é envolvida em esquemas de corrupção, dentre eles destruição de provas e desaparecimento de inquéritos.
Nada há de concreto, na investigação sobre o caso Marielle. Além do que é totalmente incongruente pensar que os irmãos Brazão – insuspeitos de serem gente honesta – ordenariam a execução de uma parlamentar, em 2018, no meio de uma intervenção militar no estado do Rio de Janeiro, por uma questão meramente econômica, pondo em elevado risco todo o império construído. Nada bate.
Chiquinho Brazão não é uma figura que deixa dúvidas sobre a sua natureza: ele e seu clã político tem vínculos com grupos paramilitares que dominam regiões do Rio de Janeiro e com a especulação imobiliária promovida por esses crimes.
Chiquinho Brazão segue preso. Se não há dúvidas que Chiquinho Brazão é parte de toda essa relação entre extrema-direita e grupos paramilitares, também não pode haver titubeação em levantar suspeitas de que o rumo atual dos acontecimentos beneficiam precisamente a estes mesmos notáveis notáveis.
Quem indicou Barbosa primeiramente foi o setor de inteligência do Comando Militar Leste (CML) do Exército, junto de outros quatro nomes. O CML era comandado por Braga Netto, interventor no Rio de Janeiro. Ao fim, Nunes bancou a nomeação apesar das contraindicações da Polícia Civil.
Enquanto os mentores ideológicos e políticos não forem devidamente descobertos, não há base para se afirmar que o caso foi encerrado
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que “os trabalhos estão encerrados” e que o caso foi uma “vitória do Estado brasileiro”. Mas, por que será que tudo indica que os verdadeiros motivos e culpados do crime estão escapando impunes?