juros
A manutenção da taxa de juros em patamares elevados é quase sempre um recurso que os bancos centrais de países coloniais e semicoloniais, como o Brasil, utilizam para atrair capital estrangeiro e aumentar as reservas de dólar – mantendo assim o velho esquema da agiotagem internacional, como era chamado pelo economista democrata Adriano Benayon.
Não há dúvidas de que as massas populares devem arrancar seus direitos pela força de sua mobilização. A espera passiva pelos prometidos “decretos”, “medidas” e “reformas” de governos resulta sempre em não haver nenhuma mudança, e no fortalecimento, pela frustração, da extrema-direita no seio das massas empobrecidas.
De acordo com dados do Serasa, 71,7 milhões de brasileiros estão com o nome sujo. 24,74% estão inadimplentes com as contas básicas (água, luz e telefone). Esse é um número recorde dos últimos quatro anos que expressa o grau da crise econômica que se vive no Brasil hoje.
O BC anunciou no dia 20/09 a singela redução de 0,5% na taxa (Selic), que caiu para 12,75%. Com a mudança, o Brasil continua a ocupar o 2° lugar no ranking de países com maiores juros reais. Além disso, não é garantido que a taxa se mantenha.