Temer manda Forças Armadas reprimir o povo no Rio de Janeiro

Temer manda Forças Armadas reprimir o povo no Rio de Janeiro

Fotos – Ellan Lustosa/AND

Desde as 14 horas desta sexta-feira, 28/07, mais de 10 mil homens das Forças Armadas, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal ocupam as vias de acesso das principais favelas do Rio de Janeiro. Com blitz nas principais avenidas o trânsito no final de tarde ficou caótico.

O decreto de “Garantia da Lei e da Ordem” foi assinado pelo reacionário e ilegítimo Michel Temer hoje de manhã, autorizando o uso das Forças Armadas. As tropas poderão ocupar as ruas do estado do Rio de Janeiro até 31 de dezembro de 2017.

Segundo o Ministro da Defesa, a ação das Forças Armadas será de “apoio à ação das polícias militar e civil”, dando ênfase no “trabalho de inteligência”. Dos 10 mil, 8,5 mil são soldados das Forças Armadas.

No entanto, os militares já ocupam a Linha Vermelha, o Arco Metropolitano, a região de Niterói e em outras regiões de grande fluxo de massas.

Militares também cercam o complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio, e moradores denunciaram ao AND que tanque do Exército ocupa a entrada do complexo.

O complexo do Chapadão diariamente é alvo de operações abertas ou clandestinas das forças policiais do velho Estado que aterrorizam as massas, conforme denunciado recorrentemente nas páginas de AND.

Guerra Civil Reacionária

“Vamos ser claros: nós vamos estar em uma espécie de guerra”, declarou em entrevista o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, neste 27/07.

Os fatos e declarações das “autoridades” confirmam os apontamentos de AND sobre a cada vez mais aberta guerra civil reacionária que se desenvolve em nosso país. 

Em grave crise que empurra o Brasil para a barbárie e num plano inclinado à violência, as “autoridades” lançam mão de suas forças de repressão para banhar em sangue as massas mais empobrecidas.

Tudo indica que o envio de tropas aumentará a insegurança da população favelada. O estado de calamidade que afeta principalmente o povo pobre jogado no desemprego e à falta de serviços públicos, principalmente no que tange à saúde, motiva o protesto popular que deverá ser reprimido com singular violência pelas Forças Armadas.

 

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