O clima continua tenso ao redor da Praça dos Três Poderes depois que um homem se explodiu nas redondezas do local na noite do dia 13 de novembro. Quatro explosivos foram desativados por policiais entre a madrugada e manhã do dia 14/11.
Um dos quatro dispositivos precisou ser explodido, enquanto os outros três foram desativados. Dois deles estavam no cinto do homem que executou o ataque.
A varredura em busca de explosivos ainda está sendo realizada na Esplanada dos Ministérios, adjacências e no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).
O corpo de Francisco Wanderley Luiz, o chaveiro de 59 anos que fez o ataque, foi retirado às 9 horas da manhã. Ele morreu depois de lançar dois explosivos contra a estátua da Justiça, em frente ao STF, e por fim deitar com a cabeça em cima de um terceiro dispositivo.
O ataque também envolveu a explosão de um carro próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados.
Sujeito era filiado ao PL
Francisco Wanderley Luiz era filiado ao Partido Liberal (PL) e chegou a ser candidato a vereador na cidade de Rio do Sul. Ele angariou 98 votos na disputa.
Antes do ataque, Luiz havia enviado mensagens no Whatsapp com ameaças de explosões contra o STF e casas de pessoas como o jornalista do monopólio de imprensa William Bonner.
Em algumas postagens nas redes sociais, ele aparece dentro do STF e do Congresso Nacional.
Repercussões
Até agora, algumas figuras já se pronunciaram, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) e o próprio STF.
A repercussão do caso também deve afetar o G20, no Rio de Janeiro, que tende a contar com uma maior mobilização das forças de repressão.
O caso também foi tratado no programa Plantão Palestina, do jornal A Nova Democracia, como pauta urgente, minutos depois das primeiras explosões.
O Diretor do jornal, Victor Bellizia, participou da edição para aprofundar a análise do acontecimento.