Tesla inicia a demissão de 14 mil trabalhadores após crise de superprodução

Reproduzimos abaixo a tradução de uma notícia publicada originalmente no portal The Worker acerca da demissão de 14 mil trabalhadores da empresa Tesla, do magnata Elon Musk.

Tesla inicia a demissão de 14 mil trabalhadores após crise de superprodução

Reproduzimos abaixo a tradução de uma notícia publicada originalmente no portal The Worker acerca da demissão de 14 mil trabalhadores da empresa Tesla, do magnata Elon Musk.

Nota da Redação: Reproduzimos abaixo a tradução de uma notícia publicada originalmente no portal The Worker acerca da demissão de 14 mil trabalhadores da empresa Tesla, do magnata Elon Musk, em decorrência de uma crise de superprodução.


No dia 15 de abril, Elon Musk anunciou uma redução de 10% na força de trabalho, já que a demanda por veículos elétricos caiu em todo o setor devido à superprodução de veículos elétricos, em que a oferta agora excede a demanda do mercado. Dois executivos pediram demissão no mesmo dia.

Nas semanas seguintes, essa onda de demissões se espalhou por toda a empresa, incluindo milhares de trabalhadores de fábricas, trabalhadores de centros de serviços e trabalhadores de escritórios e laboratórios. Na gigafábrica de Austin, mais de 2.600 trabalhadores (12%) foram demitidos em 24 de abril. Isso ocorre após a declaração de Musk na chamada de resultados da Tesla em fevereiro, de que os engenheiros estariam “dormindo na linha” para lançar o Cybertruck, que teve um desempenho muito abaixo do esperado nas vendas. A Tesla emprega mais de 140.000 funcionários, de acordo com seu último relatório anual, o que significa que, no mínimo, mais de 14.000 trabalhadores ficarão sem trabalho.

Em 29 de abril, outros dois executivos pediram demissão e suas equipes foram liquidadas, com a maioria sendo demitida e alguns reorganizados em outros departamentos. No e-mail corporativo que anuncia essas duas novas demissões, Musk diz que quer que a Tesla seja “absolutamente rígida” em relação aos cortes de empregos, e que os membros da equipe que trabalham para executivos que “obviamente não passam no teste de excelente, necessário e confiável” também ficariam sem emprego, deixando espaço para mais cortes de empregos nas próximas semanas.

Todo o setor automotivo está se contraindo em 2024, com os veículos elétricos sendo os mais atingidos. A demanda por novos Veículos Elétricos está diminuindo à medida que novas montadoras na China e as três grandes montadoras dos EUA estão

Toda a indústria automotiva está contraindo em 2024, com os veículos elétricos sendo a mais notória. A demanda por veículos elétricos está encolhendo agora que novas empresas automobilísticas na China e os 3 maiores produtores estadunidenses agora estão competindo em preço e qualidade com a Tesla. Os competidores da Tesla também estão com suas margens de lucro reduzidas. O monopólio Chinês BYD também teve queda similar em vendas, e a empresas automobilística Stellantis também está começando a realizar demissões em suas bases nos EUA, gerando preocupações pelo setor industriário.

As demissões da Tesla são a prova da virada de página do capítulo de aprofundamento da crise econômica, a fase onde os capitalistas produziram muitas mercadorias e requerem muita mão de obra, para resistir uma queda crescente na lucratividade que os capitalistas realizam demissões em massa às custas do povo trabalhador. The Worker já noticiou esta trajetória em artigos passados.

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