TO: Povo protesta pela terceira vez contra péssimo serviço de transporte

O povo da cidade de Palmas se revoltou e protestou pelo segundo dia seguido, em 8 de março, contra os péssimos serviços que são oferecidos no transporte público da cidade.
Massas bloqueiam terminal de ônibus em Palmas contra superlotação e atrasos. Foto: Jornal são de Palmas

TO: Povo protesta pela terceira vez contra péssimo serviço de transporte

O povo da cidade de Palmas se revoltou e protestou pelo segundo dia seguido, em 8 de março, contra os péssimos serviços que são oferecidos no transporte público da cidade.

O povo da cidade de Palmas se revoltou e protestou pelo segundo dia seguido, em 8 de março, contra os péssimos serviços que são oferecidos no transporte público da cidade. Dezenas bloquearam com containers de lixo o terminal Aureny III contra a superlotação nos ônibus, motivo pelo qual os motoristas não têm parado nos pontos, ocasionando atrasos de milhares de pessoas, na cidade que conta com cerca de 300 mil habitantes. Alguns trabalhadores afirmam que chegaram a ser demitidos ou perderam dias de serviço devido à situação do transporte.

Esta é a terceira manifestação popular que exige melhorias no serviço. A primeira das manifestações mais recentes contra esses problemas ocorreu no dia 27 de janeiro, também com bloqueio de outro terminal, o Xerente. Em todas elas estiveram presentes a Polícia Metropolitana, a Polícia Ambiental e a Polícia Militar (PM), na tentativa de reprimir o protesto das massas, que não se intimidaram.

As manifestações ocorrem em meio ao fim da gratuidade no transporte público de Palmas, em 03/03, que durou um mês. A gratuidade começou no início de fevereiro, depois que o município, na administração de Cinthia Ribeiro (PSDB), assumiu sem preparação alguma o transporte coletivo da cidade através de uma autarquia, após encerrar o contrato de concessão. 

Nessa transição da prestação de serviços, não foram contratados motoristas de ônibus o suficiente para assumir o serviço e a prefeitura ficou sem acesso ao sistema de bilhetagem eletrônica, o que impedia os usuários de recarregarem as carteirinhas. Devido ao problema com as carteirinhas eletrônicas, os ônibus também estão sem integração, e os passageiros estão tendo que pagar duas passagens na troca de um ônibus para outro. Sobre a falta de integração, as massas afirmam que o dinheiro das passagens sai dos seus bolsos, uma vez que os patrões não pagam pelo valor, e que agora estão despendendo o dobro.

Em entrevista ao monopólio reacionário Globo, no programa Bom Dia Tocantins, um trabalhador de Palmas, Carlos Batista, afirmou: “Isso é uma humilhação para o cidadão trabalhador igual a gente. Todo mundo é trabalhador aqui, não tem nenhum vagabundo. Essa situação aí, que passa de uma empresa para a outra, e quem acaba sofrendo somos nós. Aí chegamos atrasados no trabalho. Isso é uma vergonha, é um descaso”. Quando questionado sobre a gratuidade temporária dos ônibus, o trabalhador criticou a medida demagógica: “Ficou pior, antes pelo menos parava [o ônibus no ponto], agora nem isso”.

Em outra entrevista na manifestação do dia 27/03, trabalhadores que bloqueavam a rua afirmaram que não sairiam dali, uma vez que não conseguiram chegar até seus trabalhos, além de denunciar que muitos tinham sido demitidos ou perdido dias de serviço. Uma trabalhadora afirmou “o dia de trabalho já está perdido, se formos ganhar alguma coisa, vamos ganhar aqui [na manifestação]”.

Além desses problemas, os passageiros denunciam que os ônibus estão sem ar condicionado e quebrados.

Em todo o país: revolta contra os serviços do transporte

Os problemas de superlotação, atrasos, ônibus quebrados e demais ataques ao direito do povo de ir e vir ocorrem em todo território nacional. Em diversos estados, passageiros e motoristas denunciam com manifestações e greves os péssimos serviços prestados ao povo e baixos salários para os trabalhadores do transporte público. 

Como efeito dessas medidas antipovo que atingem o povo em geral, no dia 02/03, no Centro de Curitiba (PR), mais de mil estudantes e trabalhadores mobilizaram-se em uma manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus para R$ 6,00. Os manifestantes denunciaram a ligação do prefeito de Curitiba com os grandes empresários da família Gulin, detentores de mais de 70% dos consórcios de ônibus da capital paranaense.

Leia também: PR: Realizada em Curitiba grande manifestação contra o aumento da passagem

Já em Minas Gerais, cidade de Belo Horizonte, motoristas de ônibus de Belo Horizonte iniciaram no dia 16 de janeiro uma greve exigindo salários dignos e a redução da jornada de trabalho. Neste caso, o monopólio do transporte público, a BHTrans, mesmo recebendo R$ 237,5 milhões em subsídio da prefeitura, ameaçou aumentar a tarifa caso aumentasse o salário dos motoristas.

Leia também: MG: Motoristas de ônibus em greve exigem salário digno

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