No último dia 4 de agosto, um torcedor do Corinthians foi detido pela Polícia Militar durante o clássico com o Palmeiras por protestar contra o atual presidente da república, o fascista Jair Bolsonaro. A partida foi realizada na Arena Corinthians, o “Itaquerão”, e terminou empatada em 1 a 1, válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O torcedor Rogério Lemes Coelho, de 44 anos, foi agredido na condução ao posto do Juizado Especial Criminal (Jecrim) e só pôde voltar a assistir o jogo quando faltavam 10 minutos para o final. Em uma rede social, Rogério denunciou: “Gente boa do meu Brasil, hoje entrei na Arena Corinthians expondo minha opinião contra o atual governo e olha o que aconteceu! Fui preso! Humilhado! Algemado!”.
As denúncias apontam ainda que o corintiano foi retirado pela PM da arquibancada durante a execução do hino nacional, antes do início do clássico. Ele gritou, por mais de uma vez, palavras de rechaço a Bolsonaro e foi abordado pelos policiais, que o retiraram do setor. Ao ser conduzido para o Jecrim, um boletim de ocorrência “não criminal” foi registrado.
A Secretaria de Segurança Pública alegou que o torcedor foi retirado para que sua integridade fosse preservada, porém, como apontam as denúncias, foram os próprios policiais que o agrediram.
O Sport Club Corinthians Paulista se pronunciou e foi “a público repudiar o episódio que resultou na detenção do torcedor Rogério Lemes Coelho”. “O clube historicamente reitera seu compromisso com a democracia e a defesa do direito constitucional de livre manifestação”, apontou a nota oficial.
Postagem do torcedor em rede social denunciou as agressões da PM. Foto: Reprodução / Facebook
