Eletricitários de Furnas deflagram greve por tempo indeterminado. Foto: Reprodução.
No dia 17 de janeiro, cerca de 80% dos trabalhadores de unidades da Eletrobras em todo o Brasil deflagraram uma greve por tempo indeterminado. Os eletricitários lutam para defender seus direitos e contra os abusos e arbitrariedades cometidos pela direção da empresa a mando do governo militar e vende-pátria de Bolsonaro/generais que vem privatizando toda a estatal.
O estopim para a greve foi a tentativa da direção da empresa de cobrar preços abusivos nos planos de saúde dos trabalhadores. Os funcionários denunciam também que a empresa vem alterando resoluções internas de forma unilateral. Além disso, existem também denúncias de práticas recorrentes de coação e assédio dentro das unidades.
Leia Também: Mergulho na escuridão: a venda da Eletrobras
Unidades da Eletrobras no Rio de Janeiro, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais e São Paulo amanheceram, no dia 17 de janeiro, com faixas e cartazes convocando os trabalhadores a aderirem à greve.
A Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) divulgou ainda uma nota denunciando a iniciativa dos diretores da Eletrobras, principalmente de Luiz Augusto Figueira, de alterar os valores pagos aos planos de saúde em plena pandemia. A entidade disse ainda que a greve faz parte de uma mobilização em defesa da soberania do país, dos empregos e dos direitos trabalhistas.
A greve é feita por conta do aumento nos preços dos planos de saúde dos trabalhadores e os abusos cometidos pela direção da empresa. Foto: Reprodução.
LEIA TAMBÉM: Privatização da energia elétrica é aprovada
Sindicatos que representam os trabalhadores da Eletrobras e de Furnas, lançaram também um outro documento, chamado Boletim Intersindicais Furnas, no qual denunciam as tentativas dos patrões de coagir os trabalhadores para desmobilizar a greve. Denunciam os trabalhadores: “Parece que Furnas virou o laboratório do medo e da coação. A vanguarda do atraso. Não existe uma greve que não seja precedida de terrorismo direto nos emails da força de trabalho. E com o teletrabalho isso só se agravou. Diretores covardes, submissos às imposições da holding, passaram a dar ordem aos superintendentes e gerentes para estabelecerem o caos, a insegurança e o medo nos grupos de whatsapp dos departamentos com ameaças e intimidações aos movimentos grevistas ou a qualquer resistência”.
Os eletricitários denunciam ainda que o rebaixamento das condições de trabalho, demissões e sucateamento são passos que tem por objetivo final a total privatização do serviço energético nacional. Este fato fará com que o serviço prestado à população seja ainda mais caro e de baixíssima qualidade. Com a privatização os lucros da Eletrobras terão que ser maximizados em cima do suor e sangue dos demais trabalhadores, tudo isto para cobrir dividendos e enriquecer os acionistas privados.