Trabalhadores de todo o mundo realizam ações de solidariedade com a Palestina

Trabalhadores de todo o mundo realizam ações de solidariedade com a Palestina

Ativistas no telhado da UAV Tactical Systems. Foto: Reprodução

Em todo o mundo, trabalhadores de diferentes setores e ativistas demonstraram, ao seu modo, internacionalismo proletário para com os palestinos em luta contra o colonialismo israelense. Algumas ações que aconteceram na Itália, África do Sul e Inglaterra tomaram notoriedade, além de uma mobilização importante dos  trabalhadores do monopólio imperialista Google, que exigiram da empresa um posicionamento sobre as agressões contra o povo palestino.

De acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, pelo menos 243 pessoas, incluindo mais de 100 mulheres e crianças, foram mortas por ataques israelenses, em apenas 11 dias da ofensiva militar sionista.

Itália: Trabalhadores portuários se recusam a carregar armas para Israel

Em meio às agressões de Israel contra Gaza, trabalhadores portuários de Livorno (Toscana), na Itália, se recusaram a embarcar um carregamento de armas destinadas a Israel enquanto os ataques ao povo palestino não cessassem, na metade do mês de maio.

“O porto de Livorno não será cúmplice do massacre do povo palestino”,  disseram os trabalhadores em uma declaração.

Os mesmos estivadores participaram de protestos de rua para exigir “uma parada imediata dos bombardeios em Gaza”.

“Não temos intenção de facilitar o transporte de armas e explosivos que serão usados para matar o povo palestino, que tanto sofre e chora por centenas de vítimas civis inocentes, incluindo muitas crianças”.

“O trabalho é importante, especialmente nos tempos muito difíceis que temos vivido com a pandemia da Covid-19 e a crise econômica. Mas isto não pode nos fazer fechar os olhos, ou pior ainda, nos tornar cúmplices dos contínuos massacres da população civil na Palestina”, afirma um trabalhador do porto, exprimindo solidariedade internacional.

Estivadores sul-africanos se recusam a descarregar navio israelense

Em 20 de maio, estivadores e trabalhadores aliados da cidade portuária sul-africana de Durban recusaram-se a descarregar um carregamento de um navio israelense em protesto contra a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

A ação dos trabalhadores portuários veio poucos dias depois da ação tomada pelos trabalhadores portuários de Livorno, que se recusaram a realizar o carregamento de armas para um navio pertencente à mesma empresa israelense, a Zim Integrated Shipping, considerada a 10ª maior empresa de navegação do mundo.

No dia 21/05, os trabalhadores realizaram um comício em Durban para celebrar a paralisação do navio israelense.

Eles também exigiram que a empresa portuária Transnet, de propriedade do Estado sul-africano, cesse o transporte e comércio de mercadorias que viajam de ou para Israel através dos portos sul-africanos.

“Não queremos navios ou mercadorias israelenses em portos e lojas sul-africanas”, disse o trabalhador.

Eles ainda afirmaram que esperavam que o governo sul-africano “assumisse o exemplo dos trabalhadores portuários e corte imediatamente todos os laços – comerciais, diplomáticos, culturais, acadêmicos e esportivos – com o opressivo regime israelense”.

Ativistas ocupam fábrica de armas de Israel na Inglaterra

Ativistas da Palestine Action (“Ação Palestina”), em Leicester, Inglaterra, ocuparam a fábrica pertencente UAV Tactical Systems, uma subsidiária da Elbit Systems, o maior produtor de armas de Israel, e à Thales, uma empresa aeroespacial francesa. A ação teve início no dia 19/05.

 A Elbit, de propriedade israelense, diz que seus drones são a “espinha dorsal” das forças armadas israelenses.

A Ação Palestina declarou que,  “Enquanto Israel continua a bombardear Gaza, nosso governo financia e lucra com o derramamento de sangue”, e em sua ação  acorrentou os portões da fábrica e interrompeu a produção no local.

As paredes da fábrica foram manchadas com tinta vermelha, em referência ao sangue palestino derramado.

Ativistas no telhado da UAV Tactical Systems. Foto: Reprodução

Trabalhadores da Google exigem fim da cumplicidade a Israel

Em uma carta interna, trabalhadores judeus do monopólio imperialista Google exigiram do diretor-executivo Sundar Pichai uma declaração condenando os ataques de Israel, incluindo “o reconhecimento direto dos danos causados aos palestinos pela violência dos militares e gangues israelenses”. A carta tem atualmente 250 assinaturas.

Os funcionários, que fazem parte de um movimento chamado Jewish Diaspora in Tech (“Judeus da Diáspora na Tecnologia”), também fizeram um apelo para que a empresa deixe de suprimir críticas a Israel, rejeite “quaisquer definições de anti-semitismo que sustentem que a crítica a Israel ou sionismo é anti-semitismo”, e exigem a rescisão de “contratos com instituições que apoiem as violações israelenses dos direitos palestinos, como as Forças de Defesa de Israel”.

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