Trabalhadores de filiais da empresa imperialista francesa Carrefour estão ameaçados de uma demissão em massa após o anúncio de fechamento de oito unidades de sua filial, os Supermercados Nacional.
Das 39 unidades que existiam por todo o Rio Grande do Sul, oito não foram compradas por outras empresas, o que resultará no seu fechamento no dia 4 de maio, conforme comunicou o Carrefour a diversos veículos de imprensa comercial.
O monopólio de imprensa divulgou, no final do ano passado, que as 39 unidades empregavam cerca de 2,3 mil trabalhadores, sendo a média de funcionários em cada unidade 40.
Segundo informações coletadas pelo correspondente local de AND, há uma estimativa de demissão de mais de 300 trabalhadores por toda a região metropolitana. Informações apuradas por jornais locais revelaram que outras unidades na região litorânea do estado, em Capão da Canoa, Torres e Tramandaí, também serão fechadas em algum ponto durante o mês de maio.
A ameaça de demissão repentina é mais uma violação pela qual passam os trabalhadores de supermercado. Quando eles estão empregados, há ainda a falta de folgas, jornadas de trabalho exaustivas, remoção de benefícios e a exploração máxima.
Segundo a organização Oxfam International, as redes de supermercado violam direitos dos trabalhadores no mundo inteiro. Já outro levantamento, chamado Por Trás de Suas Compras, disse que, numa escala de 100% sobre “responsabilidade da empregabilidade”, o Carrefour foi pontuado com 2,7%.
Além disso, o Carrefour é conhecido pelo emprego da violência. Em 2020, os supermercados da rede se viram açoitados por manifestantes depois do assassinato de um operário por dois seguranças dentro de um supermercado, em Porto Alegre. Um dos assassinos era um policial militar (PM), e ambos foram soltos pela justiça no final do ano passado.