Trabalhadores e estudantes tomaram as ruas do centro de Manaus (AM) no dia 1° de maio, o Dia do Internacionalismo Proletário. O protesto condenou a violência policial crescente no estudo e levantou exigências dos trabalhadores, estudantes e ativistas da luta por moradia.
O ato foi organizado pelo Fórum Unidade na Luta e contou com a participação de dezenas de organizações, como o Movimento de Luta dos Trabalhadores Independentes (MLTI), Movimento Feminino Popular (MFP) e sindicatos de várias categorias. Estudantes também reforçaram as fileiras do protesto com as organizações Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) e a Executiva Amazonense de Estudantes de Pedagogia (ExAmEPe).
Parte da manifestação se concentrou no cruzamento da Avenida 7 de Setembro, onde centenas de pessoas passavam pelo comércio local. Uma outra parte, convocada pelo MLTI, partiu da Praça do Congresso em direção à Avenida.
Os manifestantes interromperam o trânsito na avenida e convocaram os comerciantes a se somarem na luta. “Hoje o povo tem que protestar. Não podemos nos acostumar a ficar calados! Hoje não é dia de festa. Festa é para quem mora na Ponte Negra, para a nossa classe, hoje é um dia de luta”, disse o companheiro Júlio, do MLTI, fazendo referência ao bairro nobre de Manaus.
Os manifestantes também denunciaram a escala 6×1 e exaltaram greves recentes de Manaus. A violência policial foi denunciada a partir do caso de Luiz Omar, menino de 15 anos que desapareceu em Manaus. O AND entrevistou integrantes do MLTI que denunciam que a pistolagem está por trás do desaparecimento.
“Não podemos deixar de lembrar que essa mesma polícia que mata e prende inocentes nas cidades está no dia de hoje atacando, junto com pistoleiros, a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) em Rondônia e em todo o Brasil. Aos nossos irmãos camponeses, toda a solidariedade!”, disse um dirigente do MLTI ao AND, na manifestação.