Seis trabalhadores em condições análogas à escravidão foram resgatados da fazenda Talismã, pertencente ao cantor Leonardo no interior de Goiás. A denúncia partiu do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) após uma vistoria realizada na segunda-feira, dia 07, em sua propriedade, localizada em Jussara, noroeste de Goiás. De acordo com o relatório produzido pela equipe do Ministério, os trabalhadores viviam em uma casa abandonada a 2 quilômetros da sede da fazenda. Lá dormiam em camas improvisadas, feitas com tábuas de madeira encontradas nos arredores.
A equipe do Ministério também averiguou a existência de uma infestação de morcegos e formigas na casa, inclusive com a presença de fezes dos animais em todos os cômodos. No alojamento não havia banheiro em funcionamento, de modo que os trabalhadores eram obrigados a fazer suas necessidades na mata. Sua única fonte de água era uma mangueira que puxava água de um poço próximo, esta, porém não era potável, levando a constantes doenças entre os empregados. Para ter acesso a água limpa era necessário ir até a sede da fazenda, percorrendo 2 quilômetros a pé.
Nenhum dos 18 funcionários da Fazenda Talismã, avaliada em 60 milhões de reais, possuía vínculo formal de trabalho, portanto não tinham acesso a nenhum direito trabalhista. O MTE, todavia, não considerou os outros 12 trabalhadores como vítimas de trabalho escravo.
Em suas redes sociais o cantor afirmou desconhecer o ocorrido dizendo: “eu, do meu coração, jamais, jamais faria isso”, de todo modo o novo nome da lista suja do trabalho escravo é Emival Eterno da Costa, o cantor Leonardo.