Trabalhadores se levantam em protestos na China

Trabalhadores se levantam em protestos na China

Dezenas de tralhadores de uma fábrica chamada Shenzhen Jasic Technology foram brutalmente reprimidos e presos no dia 27 de julho, na província de Guangdong, no sul da China. Eles protestaram contra demissões arbitrárias promovidas pela empresa. As demissões ocorreram no dia 20 de julho e, segundo o portal de notícias rfa.org, se deram contra mais de 20 operários, sob acusações de “promoverem distúrbios e agitação política” e por serem “apoiados por ativistas maoístas”.

Durante o protesto do dia 27 de julho, os trabalhadores gritavam: Nenhuma demissão ilegal! Queremos voltar ao trabalho!. Portando bandeiras e faixas, agitavam palavras de ordem e cantavam o hino do proletariado de todos os países, A Internacional.

As forças de repressão, a mando da direção da fábrica, atacaram e prenderam cerca de 30 trabalhadores. Outros sete denunciaram ter sido espancados pela polícia por participarem da luta por fundar o sindicato dos trabalhadores naquela fábrica.

De acordo com uma carta aberta de denúncia veiculada por ativistas apoiadores da luta dos trabalhadores da Shenzhen Jasic Technology, os proprietários da fábrica são delegados do Congresso do Povo de Shenzhen, um órgão controlado pelo revisionista e reacionário Partido Comunista da China.

Guangdong tem sido palco de intensas lutas do proletariado chinês nos últimos meses. Particularmente na capital Guangzhou, ocorreram massivos protestos como uma greve de operadores de guindaste, realizada juntamente com as manifestações de 1º de maio, que atraíram milhares de trabalhadores e ativistas. Segundo reportagem veiculada em newbloommag.net, essas lutas têm despertado outras e atraído a atenção de trabalhadores de outros setores, como os mineiros de Hunan, que se deslocaram para Shenzhen, Guangzhou e outras cidades em Guangdong e se uniram aos trabalhadores locais para protestar contra as condições insalubres de trabalho que enfrentam.

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