Tropa e equipamentos israelenses de ‘alta tecnologia’ foram inúteis. Foto: Cadu Rolim/Estadão Conteúdo
O desembarque de tropas israelenses composta de 130 militares e uma parafernália de 15 toneladas de equipamentos destinados a prospectar sobreviventes da tragédia de Brumadinho revestiu-se de um tremendo fracasso para os fins a que foi anunciado.
O primeiro fiasco foi a inutilidade do equipamento trazido. “Chegaram a Brumadinho com equipamentos que usam para buscar túneis da Resistência Palestina, mas inúteis para os resgates na lama, segundo o próprio comando dos bombeiros. Pura jogada de marketing na tentativa de limpar suas mãos tingidas do sangue do invencível povo da Palestina.”, denunciou a Liga Operária e o sindicato da construção civil de Belo Horizonte e Região Metropolitana, Marreta.
O desembarque de uma tropa estrangeira em nosso território, além de trazer equipamento inadequado, foi visto por militares brasileiros com estranheza, criando um clima de suspeita quanto a seus objetivos, uma vez que no quarto dia tomaram o caminho de volta.
Recepcionada com grande alarde pela imprensa dos monopólios e pelos escribas colonizados, tal desembarque de tropas estrangeiras em nosso território serviu mais como uma tentativa de propagandear a amizade Brasil-Israel, o que nunca teve tal expressão, a ponto de justificar a transferência de Embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém.
Outra razão, essa, mais grave ainda, é o fato de naturalizar a presença de Força Armadas estrangeiras em nosso território, abrindo caminho para instalação de bases militares, como têm sido feitas as tentativas de instalar uma base ianque em Alcântara, no Maranhão.