O presidente ultrarreacionário ianque Donald Trump vai anunciar hoje (10/2) a implementação de tarifas de 25% sobre todo o aço e alumínio importado pelo Estados Unidos (EUA), de acordo com a rede de notícias monopolista Bloomberg.
Ainda não se sabe quando as taxas vão entrar em vigor, mas é certo que o Brasil será afetado. O país é um dos principais fornecedores de aço para o EUA – em 2024, 4,08 milhões de toneladas de aço foram despachadas para o Norte do continente.
É claro que essa quantidade tão grande de aço exportado tem relação com o caráter desindustrializado do País, em que as matérias-primas são extraídas por mineradoras imperialistas e enviadas na forma primária para o exterior.
A medida faz parte da série de taxações que Trump tem imposto a vários países desde o início de seu governo. O México, o Canadá e a China já foram alvos de Trump, mas o México e o Canadá saíram temporariamente da mira após ampliarem o controle e a repressão nas fronteiras, conforme exigido pelo imperialismo norte-americano. As tarifas sobre os dois países foram adiadas até o dia 4 de março.
O governo brasileiro prometeu responder a Donald Trump caso as tarifas sejam de fato implementadas, mas até agora as medidas levantadas são defensivas e acanhadas. Um boato sobre taxar empresas de tecnologia foi logo desmentido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). “Não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia se o governo dos Estados Unidos impuser tarifas ao Brasil”, disse Haddad, segundo a colunista do jornal monopolista O Globo, Monica Bergamo.
O ministro da Fazenda cogita, contudo, implementar o “imposto digital”, uma medida que força empresas de venda online a pagarem um imposto que, no final da cadeia, isenta o consumidor. Em outras palavras: o EUA taxa em 15% uma matéria-prima estratégica da qual o Brasil é principal fornecedor e o governo brasileiro implementa um imposto pequeno em vendas online.
Para as massas populares, o caminho para rechaçar a postura do governo ianque e o servilismo brasileiro é mais cristalino. Até porque o povo norte-americano sairá prejudicado igual o povo brasileiro nessa guerra comercial imperialista, visto que o aumento do preço do aço importado aumentará o preço das mercadorias fabricadas com essa matéria-prima na superpotência hegemônica única.