É revoltante a situação desses brasileiros que foram deportados arbitrária e violentamente. Trabalhadores migrantes tratados como bandidos pelo estado e governo genocida do EUA, como parte da política xenófoba e propaganda eleitoreira de Trump (para sua base mais radical da extrema direita).
Claro, uma quantidade desses latinos seguirão no EUA, usados como força de trabalho, muitas vezes em relações de servidão, na mais completa informalidade e insegurança num país em que não existe serviço público de saúde, muito menos para migrantes “ilegais”.
Setores como trabalhos domésticos, construção civil e aplicativos de entrega estão entre os que mais absorvem essa imensa massa profunda de trabalhadores nas artérias do coração da besta-fera.
Ademais, se impõe o problema histórico e político dos migrantes no EUA (assim como nas potências imperialistas europeias), a existência de uma população gigantesca que conforma uma base social inflamável em meio a crise de decomposição do imperialismo ianque.
Não estamos em 2008 e uma das particularidades mais importantes da presente crise da superpotência hegemônica ianque é um novo despertar do movimento democrático e revolucionário no país, particularmente entre a juventude desde o Dilúvio de Al-Aqsa. Acrescenta-se a isso, já faz alguns anos, que o país encontra-se à beira de uma guerra civil interna.
O desenvolvimento desigual e por saltos da luta de classes na América Latina, principalmente na luta pela terra no campo, será uma corda a mais no pescoço desse monstro gigante sanguinário com os pés de barro.
Trump passará à história como apenas mais uma figura caricata da extrema-direita que se assanha num mundo prenhe de revoluções.