Trump deporta mais de 200 venezuelanos para megaprisão no El Salvador

Vídeos publicados pelo presidente reacionário de El Salvador, Nayib Bukele, mostraram os deportados sendo escoltados em fila indiana e sendo forçados a entrar em ônibus penitenciários.
Guardas nazistas do El Salvador transportam deportados venezuelanos. Foto: Assessoria de imprensa da presidência de El Salvador/AP

Trump deporta mais de 200 venezuelanos para megaprisão no El Salvador

Vídeos publicados pelo presidente reacionário de El Salvador, Nayib Bukele, mostraram os deportados sendo escoltados em fila indiana e sendo forçados a entrar em ônibus penitenciários.

O presidente ultrarreacionário ianque deportou no dia 16 de março mais de 200 venezuelanos para uma megaprisão de antiterrorismo no El Salvador. A decisão foi tomada apesar de uma intervenção contrária do Judiciário do Estados Unidos (EUA).

A justificativa de Trump foi que os homens eram membros dos grupos criminosos Tren de Aragua, mas o presidente ianque não identificou os deportados nem forneceu evidências se eles eram, de fato, membros do cartel.

Os presos foram diretamente levados à prisão de segurança máxima El Cecot, conhecida pela capacidade de conter 40 mil pessoas e pelas violações de direitos básicos.

Vídeos publicados pelo presidente reacionário de El Salvador, Nayib Bukele, mostraram os deportados sendo escoltados em fila indiana e sendo forçados a entrar em ônibus penitenciários.

O EUA pagou 6 milhões de dólares (mais de R$ 30 milhões) para o governo de El Salvador receber os deportados, como parte de um contrato renovável de um ano com o país latinoamericano.

Lei do século 18

Para deportar os venezuelanos, Trump usou a “Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798”, um artifício legal somente usado na Guerra de 1812, na Primeira Guerra Mundial e na Segunda Guerra Mundial.

O envio dos deportados por Trump atropelou a decisão do juiz federal do Distrito de Columbia, James Boasberg, que ordenou a suspensão por 14 dias das deportações. A justificativa do juiz era de que a lei só poderia ser acionada em tempos de guerra.

O atropelo deixa claro o nível de apodrecimento da democracia burguesia no Estados Unidos, bem como do desenvolvimento do absolutismo presidencialista, uma expressão do processo de reacionarização com tendência ao fascismo.

Outras expressões desse processo foram registradas em medidas arbitrárias de Donald Trump, como o conflito comercial lançado a partir das tarifas contra a China, Canadá, México e Brasil.

A Venezuela condenou a decisão de Trump, dizendo que o cenário observado nesse domingo evoca “os episódios mais sombrios da história da humanidade, da escravidão ao horror dos campos de concentração nazistas”.

Deportações

Além dos venezuelanos deportados para o campo de concentração salvadorenho, o EUA já havia deportado imigrantes mexicanos, brasileiros e colombianos.

Os imigrantes brasileiros chegaram no Brasil algemados nas mãos e nos pés e relataram agressões e outras violações de direitos durante o vôo para o Brasil.

O ultrarreacionário Donald Trump também está planejando a deportação de imigrantes palestinos envolvidos em mobilizações pró-Palestina no País, como o caso do estudante Mahmoud Khalil, que foi preso e está sob risco de deportação.

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