Trump e Zelensky costuram acordo de capitulação da guerra e entrega da Nação ucraniana

O movimento de Trump é uma tentativa de acelerar o curso da guerra, forçando Zelensky à capitulação, algo já esperado dado os interesses estratégicos do EUA e o caráter lesa-pátria de Zelensky.
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Trump e Zelensky costuram acordo de capitulação da guerra e entrega da Nação ucraniana

O movimento de Trump é uma tentativa de acelerar o curso da guerra, forçando Zelensky à capitulação, algo já esperado dado os interesses estratégicos do EUA e o caráter lesa-pátria de Zelensky.

A Ucrânia vai perder territórios e nunca vai entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan. 

Essa foi a grande conclusão de uma conversa de uma hora e meia do presidente ultrarreacionário ianque, Donald Trump, com o homônimo russo, Vladimir Putin, por telefone, ontem (12/02). 

A ligação ocorreu depois de várias tentativas de contato do EUA com a Rússia. Depois da conversa, Trump também comentou que vai encontrar com Putin em breve, provavelmente na Arábia Saudita. 

O movimento de Trump é uma tentativa de acelerar o curso da guerra, forçando Zelensky à capitulação. Algo que já era esperado: o EUA tem interesses em dominar a Ucrânia, mas precisa concentrar seu orçamento e aparato militar na Ásia, para conter o avanço da China social-imperialista sobre zonas de influênica em disputa. Zelensky, por sua vez, é um lacaio dos ianques e vende-pátria da Nação, e estava claro desde o início da guerra que ele não ergueria uma verdadeira luta de libertação nacional contra o agressor russo. 

O Estados Unidos nega, contudo, que esteja traindo a Ucrânia. Segundo Pete Hesgeth, secretário de Defesa de Trump, o diálogo entre o presidente ianque e Zelensky descartam quaisquer suspeições.

Os ucranianos não parecem pensar o mesmo, conforme disse o chanceler do governo Zelensky, Adrii Sibiha, ao jornal monopolista francês LeMonde : “nada pode ser discutido sobre a Ucrânia sem a Ucrânia, ou sobre a Europa sem a Europa”. Nem ele, nem Zelensky, entretanto, apresentaram uma medida concreta contra a resposta de Trump. 

Uma outra prova do caráter lesa-pátria de Zelensky veio à tona na semana passada, quando o capitulador ucraniano disse que estava disposto a recursos minerais da Ucrânia por apoio do EUA na segurança do País. 

“Esses depósitos são inestimáveis, são enormes quantias de dinheiro, enormes. Por isso, precisamos protegê-los. Então, se estamos falando sobre um acordo, se é isso que os americanos querem, então vamos fazer o acordo, estamos totalmente a favor disso, vamos fazer o acordo”, disse Zelensky à Reuters em uma entrevista na sexta-feira. “Vamos impedir que a Rússia extraia os minerais que depois serão usados para produzir tecnologias para os três países do eixo do mal”, continuou ele.

Desde o início da guerra, Zelensky vê nas potências imperialistas, e não nas massas populares da própria Ucrânia, a garantia da soberania nacional contra a Rússia. O que é, na verdade, uma troca de amos: em vez dos imperialistas russos, os ianques.

Donald Trump está interessado em explorar os elementos terras raras da Ucrânia. Segundo Trump, a Ucrânia deveria entregar cerca de 500 bilhões de dólares de terras raras ao EUA como pagamento pelo apoio militar.

A declaração de Trump arrancou respostas de vários representantes de países europeus. A estoniana Kaja Kallas, Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, disse que “qualquer acordo por trás das nossas costas não vai funcionar”. 

O primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, foi mais morno: “Para mim está bem claro que não deve have solução [para a guerra]. que não envolva os EUA. A próxima missão é garantir que não haja uma paz imposta [aos ucranianos]”, disse, em entrevista ao jornal Politico. 

Acontece que os diferentes imperialistas da Europa não podem e se recusam a ajudar o povo ucraniano. 

Enquanto isso, as massas ucranianas seguem a sofrer as penas da invasão e da falta de uma autêntica liderança para dirigir a luta de libertação nacional contra o agresssor russo. Ao menos 57,5 mil ucranianos morreram na guerra e a Rússia já se adonou de quase 20% do território do país invadido.

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