Turquia: Confrontos intensos marcam protestos contra governo Erdogan

Com o movimento Partizan à frente, as massas populares deram a resposta à violência policial. Erguendo o estandarte com o rosto de Ibrahim Kaypakkaya, dirigente comunista e heroi turco, as massas responderam atirando pedras, fogos de artifício e outros objetos contra as tropas de choque.
Massas enfurecidas enfrentam repressão policial na Turquia.

Turquia: Confrontos intensos marcam protestos contra governo Erdogan

Com o movimento Partizan à frente, as massas populares deram a resposta à violência policial. Erguendo o estandarte com o rosto de Ibrahim Kaypakkaya, dirigente comunista e heroi turco, as massas responderam atirando pedras, fogos de artifício e outros objetos contra as tropas de choque.

Violentos confrontos eclodiram em várias cidades da Turquia após a prisão do prefeito de Istambul, Ekrem İmamoğlu, na última quarta-feira (19) em um episódio de crescente tensão política.

Acusado de corrupção e de ligações com o terrorismo, İmamoğlu foi detido poucos dias antes de ser oficialmente lançado como principal candidato presidencial pela oposição, exacerbando ainda mais a crise política no país.

O protesto não pode ser resumido a uma demonstração de apoio ao governo local – pelo contrário, a principal expressão é o rechaço popular ao governo reacionário de Erdogan. Outras 47 pessoas ligadas a İmamoğlu também foram presas e aguardam julgamento, incluindo um assessor próximo e dois prefeitos distritais de Istambul. Outros 44 suspeitos estão em liberdade, mas permanecerão sob constante supervisão e controle judicial.

A prisão de İmamoğlu acontece em meio a instabilidade do governo fascista de Recep Erdogan, cujo qual utiliza-se da brutal repressão contra ativistas, jornalistas e massas sempre que são levantadas denúncias contra as ações violentas do velho Estado turco. Logo após o ocorrido, Erdogan declarou que nenhuma forma de protesto de rua seria tolerada pelas forças do governo.

Apesar da ameaça, iniciaram-se rapidamente confrontos entre estudantes universitários e a polícia por todo o país. Massivas marchas contrastavam as ruas bloqueadas pelas forças policiais, enquanto muitos dos protestantes entoavam palavras de ordem em memória de Ali Ismaol Korkmaz, estudante morto pela polícia em 2013.

As ruas de Istambul foram completamente ocupadas pelas massas populares em luta, ao passo que os confrontos se intensificaram cada vez mais. A polícia usou canhões de água, spray de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borracha na tentativa de repelir os manifestantes

Com o movimento Partizan à frente, as massas populares deram a resposta à violência policial. Erguendo o estandarte com o rosto de Ibrahim Kaypakkaya, dirigente comunista e heroi turco, as massas responderam atirando pedras, fogos de artifício e outros objetos contra as tropas de choque.

Grandes mobilizações também foram registradas em várias cidades, como Ancara, a capital, assim como em Izmir, Kocaeli, Dersim, Mersin, Adana e muitas outras. Há pelo menos 343 pessoas detidas, segundo dados divulgados pelo velho Estado turco, na manhã de sábado. De acordo com esses mesmos dados, manifestações ocorreram em mais de uma dúzia de cidades. Confrontos ferozes também aconteceram em Ancara, onde a polícia atacou brutalmente os alunos da Universidade Técnica do Oriente Médio.

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