Em 26 de dezembro, o proprietário da editora Umut foi condenado a dois anos e um mês de prisão por publicar, em 2018, uma coletânea de escritos do revolucionário comunista Ibrahim Kaypakkaya. O operador das máquinas de impressão também foi condenado a dez meses apenas por imprimir o livro.
Após a publicação dos escritos de Kaypakkaya, em 2018, o velho Estado turco invadiu o escritório da Umut, apreendendo e confiscando exemplares do livro, bem como edições da revista Partizan. A única “evidência” de “atividade criminosa” foram os próprios escritos de Kaypakkaya.
Embora tenha havido várias audiências, a decisão final teve lugar no dia dia 26 de dezembro de 2019. A acusação do proprietário da Umut foi por “fazer propaganda para o Partido Comunista da Turquia/Marxista-Leninista (TKP/ML)”.
Como dito pelo portal revolucionário estadunidense, Incendiary News, “forjado na luta de classes na Turquia e seguindo os desenvolvimentos da Grande Revolução Cultural Proletária na China, Kaypakkaya fundou a TKP/ML em 24 de abril de 1972. Este foi um marco para o proletariado turco, uma ruptura dos 50 anos anteriores do parlamentarismo, reformismo e pacifismo do Partido Comunista da Turquia (TKP)”.
“No início de 1973, Kaypakkaya foi capturado pelas forças reacionárias turcas e torturado durante meses, mas nunca deu informações sobre os seus camaradas ao Estado. Em 18 de maio, o Estado turco o assassinou e mutilou seu corpo como uma forma de enviar uma mensagem a outros revolucionários”, explica o Portal.
“Até hoje, o TKP/ML e seu Exército Vermelho de Operários e Camponeses (Tikko) continuam a travar uma Guerra Popular pela Revolução de Nova Democracia. Como resultado, o Estado turco designou o TKP/ML como uma organização ‘terrorista’ a fim de justificar e realizar uma repressão violenta contra revolucionários e ativistas democráticos”, conclui o jornal.
Uma manifestante segura uma foto de Ibrahim Kaypakkaya em frente à polícia turca. Foto: Reprodução.