Mulheres marcham no Dia Internacional da Mulher Proletária em 2016, em Istambul. Foto: Ozan Kose/AFP Getty Images
Após assassinato brutal de uma jovem estudante, milhares de mulheres tomaram as ruas de diversas cidades da Turquia, no dia 05 de agosto, contra o feminicídio que, apenas no mês de junho, matou cerca de 27 mulheres no país inteiro.
Os protestos ocorreram principalmente no oeste do país, nas cidades de Istambul, İzmir, Muğla, Ankara, Adana, Hatay, Mersin, Antalya Meletî . Em protesto contra o feminicídio após o assassinato cruel de Pinar Gültekin, no dia 05/08, em Istambul, capital do país, milhares de mulheres caminharam pelas ruas da cidade com cartazes cravando: As mulheres não perdoarão a violência!, além de denunciarem o governo de turno de inclinação fascista chefiado por Erdogan.
Em Izmir, também no dia 05/08, as mulheres realizaram uma marcha denunciando o feminicídio e a reacionarização do governo de turno, com cartazes dizendo A mortes das mulheres é político e Ombro a ombro contra o fascismo. A polícia, por sua vez, decidiu impedir a manifestação ao prender manifestantes, levando a uma revolta das mulheres que decidiram enfrentar a polícia, resultando em diversas mulheres feridas e 16 presas.
Além do assassinato brutal de Gültekin, sob as mãos de seu parceiro, os protestos vem sob o contexto do crescente assassinato de mulheres – em 2018 mais de 400 mulheres foram mortas por atuais ou ex-parceiros – e os ataques de Erdogan e da ala fascista reacionária da sociedade turca contra a chamada Convenção de Istambul, que diz defender a vida das mulheres.