Ucrânia destrói defesas antiaéreas russas na Crimeia um dia depois de ter promovido maior ataque à mísseis desde o início da guerra

A Ucrânia afirmou ter destruído uma nova bateria de defesa antiaérea russa no dia 14 de setembro, durante um ataque que alvejou também um navio de patrulha de Moscou na região do Mar Negro. O ataque ocorreu um dia depois do maior ataque com mísseis pela Ucrânia desde que o país foi invadido pela Rússia. 
Fumaça indica graves danos próximo ao porto de Sebastopol, sul da Crimeia. Foto: Viktoria Sukonnikova/Tass via Zuma Press

Ucrânia destrói defesas antiaéreas russas na Crimeia um dia depois de ter promovido maior ataque à mísseis desde o início da guerra

A Ucrânia afirmou ter destruído uma nova bateria de defesa antiaérea russa no dia 14 de setembro, durante um ataque que alvejou também um navio de patrulha de Moscou na região do Mar Negro. O ataque ocorreu um dia depois do maior ataque com mísseis pela Ucrânia desde que o país foi invadido pela Rússia. 

A Ucrânia afirmou ter destruído uma nova bateria de defesa antiaérea russa no dia 14 de setembro, durante um ataque que alvejou também um navio de patrulha de Moscou na região do Mar Negro. O ataque ocorreu um dia depois do maior ataque com mísseis pela Ucrânia desde que o país foi invadido pela Rússia. 

Segundo o relato ucraniano, o ataque do dia 14/09 contou com forças especiais que desembarcaram na região de Ievpatoria, na costa da Crimeia próxima ao porto de Sebastopol, e desabilitaram a unidade do radar antiaéreo S-400. O radar teria sido atingido depois de desabilitado por versões terrestres do míssil anti-navio do tipo Netuno. A versão do país agredido contraria a do Ministério da Defesa russo, que alegou que o ataque foi feito com 11 drones e todos foram abatidos. 

Um dia antes, a Ucrânia já havia atingido duas embarcações e incendiado estaleiros russos no porto de Sebastopol durante o maior ataque a mísseis contra os invasores russos desde o início da guerra. O ataque da Resistência Nacional Ucraniana foi feito com dez cruzeiros e três drones marítimos, que funcionam como lanchas não-tripuladas carregadas de explosivos. 

O Serviço de Segurança da Ucrânia declarou que as embarcações atingidas foram um navio de desembarque anfíbio e um submarino. Imagens que foram verificadas pelo site de monitoramento Onyx mostram que o navio de desembarque atingido foi o gigante Minsk, de 112 metros de comprimento. A embarcação, segundo os registros, foi completamente destruída, o que frustra os planos russos pronunciados pelo Ministério da Defesa do país de “reparar” as unidades. 

Outras imagens de satélite também verificadas mostram danos extensos na região atingida. A Defesa do país invasor declarou ainda que que uma “instalação não civil” foi consumida pelas chamas. 

Os ataques ocorrem no cenário em que a Ucrânia parece concentrar seus ataques na Crimeia. Há duas semanas, o país invadido destruiu o primeiro sistema de defesa antiaéreo da Rússia durante a guerra. A destruição do sistema pode ter favorecido o êxito do recente ataque a mísseis. 

Apesar dos avanços, Zelensky sofre para consolidar sua contraofensiva contra a Rússia pela dependência que cultiva ao imperialismo ianque (Estados Unidos, USA), de quem cobra mais armas e apoio como elemento necessário para a vitória, e pela falta de confiança nas massas populares do país para resistir ativamente à invasão. 

Por outro lado, as debilidades na frente invasora são ainda mais graves. Putin ainda enfrenta a baixa moral das tropas, escassez de equipamento e a grave crise militar que se agudizou no país desde o levante armado de Evgeny Prigozhin e seu Grupo Wagner, todas consequências naturais de uma guerra injusta. As negociações por novas munições que pode atingir com o presidente norte-coreano Kim Jong-Un, que chegou no país no dia 13/09, dificilmente lhe darão fôlego a ponto de melhorar suas perspectivas para a guerra.

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