Reproduzimos a seguir a nota publicada pela página Ocupa Bandejão da Uerj sobre o Ato político de inauguração do restaurante universitário (RU) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) ocorrido no dia 26 de abril.
A inauguração do bandejão é o resultado da luta combativa movida pelos estudantes que ocuparam o prédio do RU em 26/09/17. O movimento contou com amplo apoio de professores, funcionários e população em geral, dentro e fora da universidade, e após mais de 1 mês de intensa mobilização arrancou da reitoria o compromisso de restabelecer essa assistência estudantil, direito de toda a comunidade acadêmica. O AND acompanhou com exclusividade toda a luta e mobilização dos estudantes.
Ocorreu durante todo dia 26/04, quinta-feira, o Ato político de Nomeação do Bandejão da UERJ. A partir deste dia, o Bandejão se chama Restaurante Universitário Bruno Alves.
Milhares de estudantes passaram pelo local para almoçar ou jantar. Professores, servidores e apoiadores da luta da UERJ também deram seu apoio, fizeram falas, deixaram cartazes, pegaram adesivos e se somaram ao evento, puxado pelos estudantes que ocuparam o prédio no ano passado.
Um grafite foi feito (pelo grafiteiro e artista plástico Vitor Prestes) com o rosto do Bruno, junto a trecho do seu rap “O Irmão que Não Pude Conhecer” e a frase “BRUNO ALVES: PRESENTE NA LUTA”.
Foi retirada a placa que continha o nome do ex-governador Sérgio Cabral, atual governador Pezão e o antigo REItor Ricardo Vieralves – três figuras que intensificaram o plano de sucateamento e destruição da UERJ, e contribuiram para o cenário de desassistência estudantil, por isso mesmo inimigos de toda comunidade acadêmica.
Em lugar dessa placa, foi colocada uma placa provisória com o novo nome do nosso Bandejão. Na semana que vem será realizado o CONSUN (Conselho Universitário), convocamos todos a estarem presentes para conseguirmos a placa permanente junto com outros setores da UERJ.
O evento foi uma merecida homenagem ao estudante, companheiro, negro, cotista, pai, rapper e ativista Bruno Alves que em sua trajetória de vida jamais abaixou a cabeça para a realidade à sua volta. Relembramos o dia 29 de setembro, dia de sua morte em um acidente nos trens da Supervia – no qual que o verdadeiro culpado é o governo estadual e a REItoria que ataca a assistência estudantil e ignora as necessidades dos estudantes cotistas, negros e negras da universidade.
Mas foi também um ato político de relembrar a necessidade da mobilização permanente dos estudantes da UERJ, como foi a Ocupação do Bandejão. A luta ocorrida no segundo semestre de 2017 na UERJ, que teve como palco principal o R.U., conseguiu arrancar a vitória que foi a reabertura e impulsionar outras tantas lutas em curso nas outras universidades do país.
E essa luta deve ser seguida, há muito ainda o que se fazer em defesa de uma UERJ pública, gratuita e de qualidade!
Companheiro Bruno Alves: Presente na luta!
Viva a ocupação do bandejão da UERJ!
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