Foto: Érica Martins/Estadão
O ano de 2019 caminha para seu fim com um macabro recorde de crimes cometidos contra o povo fluminense pelo governo do terrorista Wilson Witzel. Segundo dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) em 25 de novembro, entre janeiro e outubro deste ano, policiais – agentes de repressão do velho Estado – assassinaram 1.546 pessoas, superando as 1.534 mortes registradas em 2018.
A estatística é compilada desde 1998 pelas “autoridades” do estado. Desde o início de 2019, as polícias do Rio vêm matando, em média, cinco pessoas por dia. Caso seja mantido o nível de letalidade registrado até o momento, elas devem chegar ao número de 1.800 mortes até o fim do ano.
Como temos denunciado diariamente em nosso portal e quinzenalmente em nossas edições impressas, os fatos que ocorrem no Rio de Janeiro são parte da guerra civil reacionária que tem sido levada a cabo pelo velho Estado em todo o Brasil, e que tem no Rio de Janeiro um dos contornos mais sanguinários. Tal cenário tem se agravado diante do atual golpe militar contrarrevolucionário preventivo que está em marcha no país e das tentativas das “autoridades” do governo de Bolsonaro e dos generais de legalizar o massacre de pobres.
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Segundo Pedro Silva, em artigo publicado no jornal A Nova Democracia nº 226 (2ª quinzena de agosto e 1ª de setembro de 2019), intitulado Wilson Witzel: Terrorista e assassino!, “Não é de hoje que o Rio de Janeiro tem sido laboratório de políticas de cunho fascista a serem aplicadas, posteriormente, a todo o país. Foi assim, por exemplo, que a sua Polícia Militar (PM) se converteu, entre a segunda metade da década de 1990 e a primeira metade da década de 2000, numa das instituições policiais mais letais de todo o mundo. Depois, a partir de 2008, com as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), passou-se a um modelo de ocupação militar de alguns territórios pobres – notadamente, nas áreas turísticas da capital – que substituiu mortes por desaparecimentos, operações espetaculosas por vigilância e sufocamento diuturno, até o seu desmascaramento e colapso completo a partir das manifestações de junho de 2013 e o assassinato do Amarildo. Agora, na era Witzel, instala-se o terrorismo aberto contra os pobres, que nem faz questão de esconder sua opção descarada pelos grupos paramilitares denominados ‘milícias’. Esta opção, que já tinha sido tomada há tempos, e foi reforçada durante os meses em que vigorou a intervenção militar, é clara como a luz do sol”.
O povo resiste
Nos últimos quatro meses, como divulgado na matéria Povo das favelas rebela-se contra a guerra civil reacionária de Witzel (AND nº 228, novembro de 2019), as favelas cariocas foram sacudidas com protestos populares contra a política de guerra contra o povo e o terrorismo promovidos pela Polícia Militar a mando do governador antipovo Wilson Witzel. Não há uma só semana em que as massas empobrecidas não levantem barricadas, incendeiem ônibus e protagonizem outras formas combativas de protesto contra o genocídio que está sendo importo contra elas.
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Inúmeras de pichações têm aparecido no Rio e região metropolitana denunciando a política genocida de Witzel