Estudantes da Uerj prosseguem com resistência contra reintegração de posse

A reitoria, sob a gestão reacionária de Gulnar Azevedo e Bruno Deusdará, convocou a tropa de choque da PMERJ para reprimir os estudantes mobilizados na luta contra o AEDA da fome. Os correspondentes locais de AND estão acompanhando desde cedo as movimentações na Uerj e apuraram que o Choque está posicionado no portão 7 da universidade, nos preparativos de reprimir a luta estudantil.

Estudantes da Uerj prosseguem com resistência contra reintegração de posse

A reitoria, sob a gestão reacionária de Gulnar Azevedo e Bruno Deusdará, convocou a tropa de choque da PMERJ para reprimir os estudantes mobilizados na luta contra o AEDA da fome. Os correspondentes locais de AND estão acompanhando desde cedo as movimentações na Uerj e apuraram que o Choque está posicionado no portão 7 da universidade, nos preparativos de reprimir a luta estudantil.

Nesta sexta-feira (20), estudantes da Uerj convocaram uma manifestação em caráter de urgência nas primeiras horas da madrugada para resistir à reintegração de posse promovida pela reitoria da universidade com apoio da Polícia Militar de Cláudio Castro. Os estudantes denunciam a flagrante campanha policialesca de cerco, perseguição e criminalização daqueles que mobilizam a ocupação das instalações universitárias.

Foto: Banco de dados AND.

A reitoria, sob a gestão reacionária de Gulnar Azevedo e Bruno Deusdará, convocou a tropa de choque da PMERJ para reprimir os estudantes mobilizados na luta contra o AEDA da fome. Os correspondentes locais de AND estão acompanhando desde cedo as movimentações na Uerj e apuraram que o Choque está posicionado no portão 7 da universidade, nos preparativos de reprimir a luta estudantil.

Em nota divulgada oficialmente, a reitoria afirmou que enviará, para as chamadas autoridades, todo tipo de foto e vídeo que permita a identificação dos estudantes, numa flagrante campanha persecutória e de criminalização da luta estudantil. 

A declaração da reitoria também afirmou ter como missão “proteger o patrimônio da Universidade contra grupos invasores”, tratando os estudantes como invasores e criminosos por defenderem a própria estrutura universitária e por exigirem garantias dignas de estudo. Evidentemente, a atuação de grupos paramilitares como seguranças extra-oficiais da reitoria, que invadiram a universidade para auxiliar na desocupação e repressão dos estudantes, não são tratados como os verdadeiros invasores.

Os estudantes da Uerj, que estão ocupando o prédio Reitor Lyra, desmentiram em vídeo as acusações da reitoria policialesca e reacionária de que os estudantes não querem negociar. “Nós queremos sim negociar. Nossas pautas são: a revogação imediata do AEDA 38 e a não criminalização dos estudantes. E informamos, que se a reitoria quiser enviar a tropa de choque e a polícia militar para cá, tudo que acontecer é de responsabilidade dela!” e continuam “Nós queremos sim negociar e nossas pautas são claras!”. Ao final, os estudantes entoam palavras de ordem de “Revoga Já! Lutar não é crime, vocês vão nos pagar!”

Na terça-feira (17), a justiça do Rio de Janeiro concedeu uma liminar de reintegração de posse da universidade à reitoria da Uerj. A decisão determina a imediata desocupação da universidade e a desobstrução de todos os acessos em até 48 horas. Na audiência, estiveram presentes os cinco estudantes citados pela Procuradoria Geral da UERJ, e um conjunto de pró-reitores, além da própria Gulnar Azevedo, reitora da universidade.

Em assembleia ocorrida no dia 18 de setembro, os estudantes denunciaram que a reitoria pretendia enviar tropas policiais para forçar a desocupação dos estudantes através de brutal repressão. Na quinta-feira (19), os estudantes foram alvos de intimidações e agressões por parte de policiais militares e um grupo de vigilantes paramilitares descaracterizados.

Os estudantes ocupam a universidade há meses contra o Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) Nº0038, conhecido por AEDA da Fome. Sem consultar da comunidade acadêmica, sobretudo os estudantes, a reitoria impõe o corte dos auxílios financeiros de mais de 6 mil estudantes. Isso significa que estudantes não cotistas devem possuir uma renda inferior a meio salário mínimo para poderem receber a Bolsa Auxílio a Vulnerabilidade Social (Bavs), que era concedida até então a estudantes que recebiam até um salário mínimo.

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