USA: Campanha é feita pela liberdade dos 11 mil manifestantes presos durante os Levantes de Maio

USA: Campanha é feita pela liberdade dos 11 mil manifestantes presos durante os Levantes de Maio

No dia 9 de julho apoiadores da campanha “Retirem as acusações” realizaram uma coletiva de imprensa em frente ao Tribunal do Condado de Travis em Austin, Texas, na primeira data oficial do julgamento dos Três Perseguidos de Austin. Foto: Tribune of the people]

No dia 9 de julho apoiadores da campanha “Retirem as acusações” realizaram uma coletiva de imprensa em frente ao Tribunal do Condado de Travis em Austin, Texas, na primeira data oficial do julgamento dos Três Perseguidos de Austin. Enquanto os Três Perseguidos são um dos focos da campanha, a principal demanda da “Retirem as acusações” é que todos os cerca de 11 mil manifestantes presos nos Levantes de Maio recebam anistia, independentemente da natureza das acusações.

Em frente ao tribunal, um representante da  “Retirem as acusações” se apresentou e falou sobre os objetivos e a finalidade da campanha. Dois promotores locais foram ambos nomeados pelos apoiadores como agentes de perseguição política contra os manifestantes, inclusive apoiando a “caça às bruxas” de Trump para rotular todos os manifestantes como “Antifa” (colocada como uma organização terrorista e criminosa pelo arquirreacionário).

O advogado George Lobb, que representa um dos Três Perseguidos e é membro do conselho executivo da Sociedade de Advogados Austin, disse que intimou o Departamento de Segurança Pública do Texas a fornecer provas de que seu cliente fazia parte da “Antifa”, como eles alegam. Em vez de fornecer tal direito básico (conhecer as provas do seu alegado crime), o procurador-geral Ken Paxton propôs a supressão da intimação do advogado. Lobb ainda enfatizou, “a verdadeira injustiça aqui é o escritório de Margaret Moore [promotora] procurando acusações criminais contra meu cliente quando não há provas”.

Uma representante da Brigada Mike Ramos (BMR, organização criada após o assassinato policial do trabalhador negro Mike Ramos de Austin, Texas), também destacou o papel do monopólio de imprensa burguês na promoção da criminalização: “Ao publicar nomes e fotos de pessoas, isso coloca em risco o emprego e a segurança muito antes de terem seu dia decisivo no tribunal”, denuncia. A organização independente e popular também foi constantemente perseguida e criminalizada pela polícia local.

Outro membro da BMR comentou sobre como a promotora Moore defendeu que um dos policiais assassinos de Mike Ramos, Christopher Taylor, não fosse demitido para não “prejudicar” um júri. “Um assassino racista consegue manter seu emprego com o apoio de Margaret Moore, mas ela não tem problemas em destruir a vida e as oportunidades de emprego de dezenas de membros da comunidade que estavam se manifestando contra a violência policial”.

A Coalizão de Libertação, um grupo de estudantes da universidade de Austin, também enviou uma declaração que foi lida por um dos seus representantes. A “Retirem as acusações” tem encorajado quem concorde com seus pontos a se inscrever em http://www.dropthecharges2020.org.

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