Manifestantes protestam contra o assassinato de um adolescente de 18 anos em Compton, Los Angeles. Fonte: Tribune of the People
Pelo terceiro dia consecutivo de protestos, no dia 21 de junho, centenas de pessoas marcharam até a Estação de Xerife de Compton, onde se encontravam os policiais assassinos de um jovem de 18 anos morto no dia 18 de junho em Los Angeles. Os manifestantes bloquearam as ruas entre a Estação e o Tribunal de Justiça de Compton, onde fizeram falas e protestaram contra a morte do jovem, Andres Guardado.
Andres Guardado era um jovem de ascendência salvadorenha, morador do bairro de Koreatown, que trabalhava como segurança em uma oficina de carros enquanto frequentava aulas no Colégio Técnico Comercial de Los Angeles.
No dia 21/06, as ruas de Compton foram tomadas por manifestantes que carregavam bandeiras salvadorenhas, entoando palavras de ordem de denúncia. À frente da delegacia foram feitos discursos pelas massas, além de mães que tiveram seus filhos assassinados, contra os assassinatos do povo pobre e preto pela polícia em um caminhão de som, enquanto haviam vários oficiais armados atrás de uma barricada, com coletes e equipamento tático e vários no topo da delegacia. Na praça na localidade, foram feitas diversas pichações exigindo justiça por Andres.
Quando um dos movimentos oportunistas organizadores do protesto anunciou que o ato estava para ser encerrado, a massa, ignorando a tentativa de os dispersar, foi para a frente da prefeitura, onde agentes apontavam mais armas contra os manifestantes. Um grupo de mais de 40 pessoas estava em frente à barricada construída pelas forças de repressão para proteger o prédio do velho Estado, quando os agentes lançaram gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral contra os revoltosos.
No dia do assassinato do adolescente, 18/06, oficiais do Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles atiraram contra Andres na saída do seu trabalho, disparando contra ele ao menos seis vezes. Os policiais alegaram que abriram fogo contra Andres pois ele teria corrido ao encontrar com os agentes, que o abordaram. O proprietário da oficina onde Andres trabalhava, Andrew Heney, disse em entrevista para um noticiário local que Andres fugiu porque estava assustado e amedrontado pelo histórico de violência cometida pelos agentes contra os latinos e pobres. Ele afirmou que o jovem tinha bons antecedentes e que não havia motivo algum para que os policiais atirassem.
A família de Andres foi ao local do assassinato logo após o crime e confrontou os policiais, exigindo respostas. Houve uma discussão e membros da família foram empurrados pelos agentes. Os policiais também haviam sumido com as filmagens das câmeras de segurança do local, a única prova que poderia mostrar de fato o que aconteceu no momento.
No dia 19 de junho, a família de Andres fez uma vigília no local onde ele foi assassinado a tiros pelos oficiais. Foram colocadas velas, fotografias de Andres e cartazes, pendurados em uma cerca.
Andres Guardado, jovem de ascendência salvadorenha morto pela polícia do USA