Militantes do Comitê de Apoio à Luta Popular no Brasil promovem um debate sobre o genocídio da população preta e pobre no Brasil. Fonte: Tribune of the People
O Comitê de Apoio à Luta Popular no Brasil de Austin, Texas, promoveu um debate no dia 18 de junho, destacando a resistência popular e denunciando o genocídio policial nas favelas das maiores cidades do Brasil, abordando também os atuais protestos contra a violência policial no USA.
Os apresentadores denunciaram os brutais assassinatos policiais de João Pedro, de 14 anos, assassinado no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo no dia 18 de maio, bem como de Lisete Pereira, de 78 anos, assassinada no bairro do Arsenal, também em São Gonçalo, em janeiro deste ano, entre outros crimes do velho Estado.
A apresentação condenou as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), descritas como “esquadrões militarizados que patrulham as favelas”, e expôs como “tanto os partidos falsificados de esquerda como de extrema-direita do Brasil contribuíram para a criação destas forças especiais”.
Os assassinatos dos filhos do povo não foram retratados como “casos isolados” mas sim como fazendo parte das fundações do capitalismo burocrático na sociedade brasileira. “A origem das próprias favelas é inseparável à incapacidade e falta de vontade do governo burguês-latifundiário brasileiro para prover as mínimas condições de vida aos pobres e as classes trabalhadoras. O velho Estado está interessado em servir o latifúndio (grandes proprietários), à grande burguesia, e aos imperialistas (principalmente os EUA), não o povo que vive nas favelas”, afirmaram os palestrantes.
Em conclusão, os apresentadores clamaram à solidariedade internacional com a luta pela Revolução de Nova Democracia no Brasil e agitaram todos os presentes a se engajarem na luta pela revolução socialista no USA. O evento foi encerrado com a palavra de ordem Fazer Revolução não é Crime! Os participantes também comprometeram-se com a luta pela retirada de todas as acusações contra os manifestantes detidos desde o assassinato da polícia de George Floyd, especialmente dos “três acusados de Austin” (três manifestantes encarcerados durante as rebeliões).
Após o término do evento, a discussão política continuou e avançou durante um lanche de comidas e bebidas típicas brasileiras, preparado pelos organizadores.
Faixa escrita Pela Nova Democracia no Brasil! Abaixo ao imperialismo ianque. Comitê de Apoio à Luta Popular no Brasil