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Um dos assentamentos coloniais de Israel no território sitiado da Cisjordânia, onde passa o rio Jordão, essencial para o abastecimento de água de famílias palestinas (Uriel Sinai/Getty)
O embaixador do USA em Israel, David Friedman, deu um passo além em suas alegações a favor do Estado de Israel no dia 08/06, ao afirmar ao monopólio de imprensa New York Times que “Israel tem o direito de manter” sob ocupação “parte da Cisjordânia”, sem especificar quais partes da Cisjordânia teriam o direito de serem anexadas e por que motivos.
Friedman é conhecidamente um aberto apoiador do sionismo e defensor da ocupação colonial que o Estado de Israel mantém sobre territórios palestinos, porém sua afirmação contraria uma resolução da própria ONU de 2016, aprovada durante o governo do genocida Barack Obama, que considerou os assentamentos israelenses na região uma “flagrante violação” da lei internacional e corroborando para a defesa de que a Cisjordânia pertenceria aos palestinos.
Além disso, em sua entrevista, Friedman afirmou também que Israel controlar militarmente o território “não deveria ser um impedimento” para a paz. Segundo ele, “ter botas no terreno não é contrário à paz”. Após ser questionado quanto à existência de um plano para a criação de um Estado Palestino, ele retrucou: “O que é um estado?”.
As declarações de Friedman dão continuidade a um movimento de expansão da colonização israelense sobre a Cisjordânia já descrito pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Antes das eleições do país, em 09/04, Netanyahu prometeu como parte de sua campanha política anexar oficialmente os territórios ocupados por Israel.