O ativista revolucionário “camarada Dallas”, do movimento maoista Guardas Vermelhos de Austin (Texas), foi preso no dia 9 de março por agentes do FBI (Gabinete Federal de Investigação, em português). Camarada Dallas foi preso acusado de “porte ilegal de armas” que, segundo o próprio Dallas, são todas legalmente adquiridas.
O camarada Dallas – nome de guerra do ativista, que não teve seu nome legal divulgado – foi preso enquanto se deslocava a um escritório para regularizar sua situação legal, visto que ele tem sido alvo de várias prisões políticas.
Segundo os Guardas Vermelhos de Austin, em nota publicada em seu site, os agentes federais cercaram Dallas e afirmaram que “se você não quer estar em apuros, basta ficar longe dos comunistas”. Eles afirmam que isto comprova o caráter político da prisão e acusam um antigo ativista, de nome “Jesus”, de ter agido como agente inimigo infiltrado. Além do camarada Dallas, sua companheira – também sem nome divulgado – está detida.
O camarada Dallas já havia sofrido com a repressão brutal do Estado ianque. Em 13 de novembro de 2016, ele foi preso sob a falsa acusação de agressão a um policial, e durante o “interrogatório” teve seu pescoço fraturado em dois lugares por um agente federal, que ainda negligenciou atendimento médico.
Os maoistas de Austin analisam que essa repressão ao camarada Dallas tem o objetivo de intimidar e aterrorizar o movimento revolucionário na região, que, afirmam, se destacou no cenário nacional e internacional pela sua combatividade e alto nível de organização comunista.
Maior unificação
Em outras partes do país, coletivos maoistas se mobilizam na campanha pela libertação do camarada Dallas e estreitam sua atuação conjunta. O movimento Coletivo Maoista Queen City aderiu à campanha e passou a denominar-se Guardas Vermelhos de Charlotte. O mesmo se passou com o Coletivo Revolucionário Kansas City, que passou a denominar-se Guardas Vermelhos de Kansas City. Todos ressaltam que passam a trabalhar, agora, no objetivo de construir o Partido Comunista Maoista e que se inspiram na guerra popular do Peru.
No estrangeiro, vários movimentos e organizações revolucionárias fizeram ações ou emitiram pronunciamentos. Entre eles, o Coletivo Vermelho de Hamburgo, Alemanha, fez uma pichação com os dizeres Dallas livre! e Abaixo o imperialismo ianque!,em inglês.