Manifestantes protestam durante a nomeação de Donald Trump para presidente do Partido Republicano, durante a Convenção Nacional Republicana de 2020. Foto: Tasos Katopodis / Getty Images
No dia 28 de agosto, uma guilhotina com um boneco do presidente arquirreacionário Donald Trump foi exposta em frente à Casa Branca (Washington, D.C), durante a Convenção Nacional Republicana (CNR), durante protestos que cercaram o local. Um dia antes, na mesma cidade, uma guilhotina fora colocada por 100 manifestantes em frente à casa de Jeff Bezos, um dia após seu patrimônio líquido ter ultrapassado 200 bilhões de dólares.
Multidões protestaram durante os quatro dias da Convenção Nacional Republicana na Casa Branca, sendo que no último foi erguida uma guilhotina com um boneco do presidente arquirreacionário. Em cima da guilhotina um papel dizia: Fascista, estuprador, criminoso!
Durante a convenção, Donald Trump aceitou a nomeação para presidente do Partido Republicano e fez diversos discursos acerca das grandes rebeliões que se dão pelo terceiro mês no país. “Esta eleição [2020] decidirá se salvaremos o sonho americano ou se permitiremos que uma agenda socialista destrua nosso querido destino”, disse ele.
Após a convenção, cerca de 100 manifestantes confrontaram o senador Rand Paul e sua esposa, que tiveram de ser acompanhados pela polícia de Washington D.C enquanto saíam da Casa Branca e, de acordo com o político, se não fosse pela polícia ele teria sido morto.
Os manifestantes exigiam do senador do Kentucky o reconhecimento da morte de Breonna Taylor, morta pela polícia que executava um mandado de busca e apreensão de forma ilegal e truculenta em sua casa em Louisville.
Também houveram diversos enfrentamentos entre os manifestantes e a polícia, em frente à casa branca, mas também em outras partes da cidade. Muitos ativistas foram detidos.
Manifestantes cercam casa de Jeff Bezos, o homem mais rico da história
Cerca de 100 manifestantes montaram uma guilhotina fora da mansão de Jeff Bezos, no dia 27 de agosto, e exigiram salários mais altos para os trabalhadores da Amazon depois que o patrimônio líquido do CEO ultrapassou 200 bilhões de dólares, fazendo dele a pessoa mais rica da história, segundo o monopólio Forbes.
Sua riqueza cresceu cerca de 85 bilhões de dólares desde janeiro, impulsionada pelo aumento da receita da Amazon em meio à pandemia da Covid-19 e a crise geral do capitalismo, que causa maior concentração da riqueza nos monopólio, levando milhões de pequenos e médios negócios à falência.
O protesto fora organizado por um ex-trabalhador da Amazon, Chris Smalls, despedido no início da pandemia do coronavírus por reivindicar equipamentos de proteção e direitos mínimos para os trabalhadores da Amazon que corriam risco de vida para trabalhar.
