A organização dos Guardas Vermelhos, de Austin (Texas, USA), iniciou uma campanha de boicote à farsa eleitoral e emitiu um longo comunicado, em 19 de setembro, fundamentando sua posição. Atividades foram estão sendo coordenadas em toda a cidade, dentre colagens de cartazes e até um comício. Em todo o país serão realizadas eleições para o Congresso e para o Executivo nos estados.
A campanha de boicote está sendo impulsionada com as consignas Eleição não! Revolução sim! e Salvo o Poder tudo é ilusão!; os jovens também estão aproveitando para propagandear a necessidade de um Partido Comunista maoísta e da importância, em perspectiva, da luta armada como única via para alcançar a revolução.
Uma das atividades da campanha foi realizada em Austin, no dia 1º de outubro. Os maoistas aproveitaram e uniram ao mote da atividade a celebração ao 69º aniversário do triunfo da Grande Revolução Chinesa. Foram lançados balões com consignas como Eleição não! Revolução sim! e retratos do Presidente Mao. Uma faixa com a mesma consigna foi estendida pelos jovens maoistas, que cobriram os rostos com lenços vermelhos; sinalizadores vermelhos também foram utilizados.
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Os jovens maoistas estadunidenses, no documento publicado em seu site oficial, fizeram a defesa do boicote eleitoral como uma via para denunciar a “democracia” norte-americana como “na verdade, uma ditadura da classe proprietária”. Eles qualificaram as eleições como “uma ferramenta para nos dominar e manter-nos pacificados, impedindo-nos de começar a falar sobre as vias de fato para conquistar o Poder fora desta ratoeira que é o sistema”.
“Os Estados são invariavelmente ditaduras de uma classe sobre a outra e estamos fartos de viver sob a ditadura da classe proprietária.”, agitaram os maoistas, no comunicado.
Combatendo o oportunismo e os chamados “socialdemocratas”, a organização recordou que em época de eleição eles surgem, mas estão todos comprometidos “com as atrocidades do imperialismo ianque e de Israel no Oriente Médio”.
Durante uma atividade, em Austin, os Guardas Vermelhos realizaram um discurso onde atacam o revisionismo e sua ilusão de que “é possível chegar ao Poder pela via das eleições”. “Vamos então insistir no caminho revolucionário do Presidente Mao e na lei universal da violência revolucionária!”, exclamaram, na ocasião, os maoistas.
“Para quebrar esse ciclo de abuso e manipulação, é preciso se organizar. É preciso construir o Partido Comunista em meio ao confronto direto com os inimigos de classe reconhecidos. Isso significa, principalmente, unir-se sob o maoísmo.”, propagandearam.