Milhares de estivadores interrompem o movimento de cargas no porto de Oakland, Califórnia, em apoio à rebelião popular no USA
Em 19 de junho, milhares de estivadores e manifestantes interromperam o movimento de carga do porto de Oakland, na Califórnia, em comemoração ao dia 19 de junho (Proclamação da Emancipação dos Negros escravos em Galveston Texas, ocorrida em 1865) e em protesto contra a violência policial. A nota sobre o acontecimento foi postada pelo jornal de notícias revolucionário Tribune of the People no dia 26 de junho.
A paralisação ocorreu após a rebelião pelo assassinato de George Floyd, e teve ações de apoio em quase 30 portos ao longo da costa Oeste do USA.
A marcha começou no porto paralisado e se estendeu por quilômetros, chegando finalmente à prefeitura de Oakland. Os operários do porto, majoritariamente pretos, entoavam palavras de ordem chamando a todos os trabalhadores a pararem suas atividades e protestarem contra os assassinatos policiais contra o povo pobre e preto.
As famílias dos mortos pela violência policial também realizaram intervenções e discursos, dentre eles Michael Brown, pai de Michael Brown, cujo assassinato pela polícia em Ferguson desencadeou um significativo movimento de massas em defesa dos direitos do povo preto em especial.
Os trabalhadores portuários em Oakland têm um histórico de empreender ações de solidariedade com lutas nacionais e internacionais, inclusive recusando-se a carregar carga israelense durante a última década em solidariedade com a resistência palestina, os trabalhadores agindo às vezes em desacordo com as lideranças sindicais oportunistas.