Militantes do movimento Servir ao Povo – Charlotte (SP-Charlotte) organizam a população pobre local para lutar por melhores condições de moradia
Os proletários, sobretudo pretos e imigrantes, residem em conjuntos de apartamentos cujos aluguéis são muito mais baratos do que outras casas e apartamentos na localidade. Na região em volta, está em marcha um processo de valorização dos imóveis e “gentrificação”. Os prédios apresentam inúmeros descasos, inclusive que ameaçam a saúde dos moradores, como mofo, piscina extremamente suja e pintura dos prédios com tinta de chumbo.
O objetivo dos proprietários é precarizar ao máximo a moradia e ainda estão planejando demolir o local para construção de novos condomínios, mais caros e voltados para setores médios da população.
Os moradores enviaram uma carta aos proprietários do local, da empresa Taft Family Ventures, exigindo uma reunião com o responsável, que não apareceu no local desde que o comprou. Eles exigem ainda uma data e hora concretas de quando a demolição irá acontecer (os moradores foram privados dessa informação), e um jeito seguro de pagar o aluguel (já que o escritório de locação dos apartamentos está vazio).
Diante dessa situação inaceitável, os revolucionários do SP-Charlotte ajudaram os moradores a se organizar em uma “greve de aluguel”, aluguel que eles já não pagam desde maio, como forma de pressionar os proprietários a reunirem-se. Em uma reunião aberta à comunidade junto dos donos do local, a empresa chamou a polícia e expulsou um morador organizador da greve, junto de militantes do SP-Charlotte.
De acordo com o portal Incendiary News, o SP-Charlotte continua a agitar os moradores e a comunidade local à favor da greve de aluguéis.