Velho Estado é responsável por onda de furtos e violência entre massas na zona sul do RJ

O aumento da violência reacionária, assaltos e a delinquência, no geral, são mais uma expressão clara do quadro de crise geral (isto é, econômica, política, cultural e moral) do País. O velho Estado, seus representantes e sucessivos governos são os responsáveis máximos pelo atual nível de calamidade. E agora, incapazes de resolver a crise, limitar-se-ão a fomentar a repressão contra o povo e a divisão das massas. 
Velho Estado é responsável por onda de furtos e violência entre massas na zona sul do RJ. Foto: Reprodução

Velho Estado é responsável por onda de furtos e violência entre massas na zona sul do RJ

O aumento da violência reacionária, assaltos e a delinquência, no geral, são mais uma expressão clara do quadro de crise geral (isto é, econômica, política, cultural e moral) do País. O velho Estado, seus representantes e sucessivos governos são os responsáveis máximos pelo atual nível de calamidade. E agora, incapazes de resolver a crise, limitar-se-ão a fomentar a repressão contra o povo e a divisão das massas. 

No dia 7 de dezembro, o deputado estadual do Rio de Janeiro, Anderson Moraes (PL), apresentou um projeto de lei que visa legalizar a ação de grupos de moradores de bairros da zona sul do Rio de Janeiro que tem crescido no atual contexto de aumento do caso de furtos na região. Em última instância, o projeto busca aproximar os moradores que tem atuado de forma quase espontânea contra os casos crescentes de assaltos e furtos, resultado do agravamento da crise econômica que afeta acima de tudo a juventude mais pobre, às forças repressivas do velho Estado, agudizando o próprio quadro de violência reacionária entre o povo.

As cenas que têm ocorrido nos bairros da zona sul do Rio de Janeiro, Copacabana em particular, são um reflexo claro da situação da crise geral que afeta o País há décadas. Segundo dados do IBGE, divulgados em junho deste ano, cerca de 11,5 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos não trabalham nem estudam. Ainda segundo a referida instituição, dados divulgados em julho deste ano mostram que 40% dos jovens brasileiros apontam que o principal motivo para abandonarem os estudos é a necessidade de trabalhar. Fator agravante nesta situação são os desinvestimentos na área da educação: em quase uma década o desinvestimento na área da educação atingiu o patamar de R$ 33 bilhões de reais. São essas as razões que empurraram milhares de jovens empobrecidos às margens, à falta de perspectiva e à delinquência. 

Paralelamente, a resposta agressiva contra esses jovens por parte dos moradores da região tem a mesma base, estimulada pelo próprio agravamento do quadro de segurança pública da cidade (deteriorado não pela falta de repressão, mas pela falta de emprego, educação e vida digna à juventude). Assim foi no caso dos moradores que saíram de um condomínio, com rodos e vassouras na mão, para ver o estado de saúde de um idoso nocauteado durante um furto. Foi similar na perseguição realizada contra um jovem assaltante, que terminou com o terrível espancamento do rapaz, em que moradores integraram à perseguição independente de participarem ou não de grupos reacionários mais organizados. 

O cenário atual não é novidade. Em 2014-15, cenas de linchamento e espancamento também ocorreram em bairros da zona sul carioca. Tal como hoje, naquela época elementos de extrema-direita também buscavam infiltrar-se entre os moradores da região para fomentar o máximo de divisão entre as massas populares e violência reacionária. Enquanto antes as ações de infiltração e espancamento brutal eram realizadas e fomentadas em sua maioria por grupos minoritários de galinhas verdes, hoje tomam novos vultos nas mãos de parlamentares de extrema-direita.

O aumento da violência reacionária, assaltos e a delinquência, no geral, são mais uma expressão clara do quadro de crise geral (isto é, econômica, política, cultural e moral) do País. O velho Estado, seus representantes e sucessivos governos são os responsáveis máximos pelo atual nível de calamidade. E agora, incapazes de resolver a crise, limitar-se-ão a fomentar a repressão contra o povo e a divisão das massas. 

A solução dos problemas, por sua vez, que foge das limitações do velho Estado e seus governos, perpassa justamente a cobrança, pelo conjunto das massas populares e pela via democrática e popular, dos verdadeiros culpados pela crise e repressão.

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