Vídeo de soldado israelense ajoelhado no pescoço de palestino causa indignação

Vídeo de soldado israelense ajoelhado no pescoço de palestino causa indignação

A foto do soldado israelense imobilizando um manifestante palestino com o joelho relembrou a imagem de George Floyd, assassinado no USA com o mesmo movimento. Foto: AFP

Um vídeo que mostra um soldado israelense ajoelhado sobre o pescoço do manifestante palestino Khairi Hanun, imobilizando-o de forma que ele não conseguia respirar, se tornou viral na internet e desencadeou uma onda de indignação tanto na Palestina como no resto do mundo. A imagem foi associada à forma como George Floyd foi assassinado pela polícia no Estados Unidos (USA) em Minneapolis, em maio, dado que Floyd também foi asfixiado após ser imobilizado exatamente da mesma forma. 

Hanun, um senhor que vive na Cisjordânia e durante toda a sua vida participou de manifestações pela libertação da Palestina, deu uma entrevista ao monopólio de imprensa Al Jazeera em que narrou seu ponto de vista dos acontecimentos: “Um soldado me atirou no chão e me algemou. Ele começou a pôr seu joelho no meu pescoço, e quando eu senti, me lembrei do policial estadunidense ajoelhando-se no homem negro [George Floyd]. Eu não conseguia resistir, porque quanto mais eu resistia, mais ele pressionava”. 

Ele conta também que, na ocasião do vídeo, ele participava de uma manifestação perto de Tulkarem, na Cisjordânia, que assim como outras dezenas de manifestações que acontecem semanalmente na Palestina, denunciava a expansão da construção de colonatos e infraestrutura por parte dos sionistas na vila palestina de Shoufah, e a prática de land grabbing (como chamam a grilagem de terras) de Israel contra terras, casas e construções de propriedade de palestinos.

Segundo a reportagem da Al Jazeera, uma semana antes de Hanun passar pelo ataque de violência colonial, escavadeiras israelenses tinham começado a abrir caminho em terras próximas a onde Hanun vive e a ameaçar proprietários de terra palestinos da região, a fim de se construir uma planta industrial ligada à produção de carne suína, que tomaria aproximadamente 800 mil km² de terras palestinas. 

O vídeo pode ser visto a seguir:

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: