Zelensky e membros da OTAN acusam Coreia do Norte de entrar na guerra da Ucrânia

Todos esses fatos, que ocorrem também em um momento de regionalização da guerra no Oriente Médio, são mais elementos que se acumulam no sentido de uma terceira guerra mundial inter-imperialista, principalmente com o gradual aprofundamento da tutela militar das nações imperialistas sobre suas semicolônias — para que estes Estados mobilizem ainda mais suas economias no sentido da indústria bélica, indo em socorro aos seus respectivos amos imperialistas.
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Zelensky e membros da OTAN acusam Coreia do Norte de entrar na guerra da Ucrânia

Todos esses fatos, que ocorrem também em um momento de regionalização da guerra no Oriente Médio, são mais elementos que se acumulam no sentido de uma terceira guerra mundial inter-imperialista, principalmente com o gradual aprofundamento da tutela militar das nações imperialistas sobre suas semicolônias — para que estes Estados mobilizem ainda mais suas economias no sentido da indústria bélica, indo em socorro aos seus respectivos amos imperialistas.

Em um discurso ao parlamento ucraniano quarta-feira (16), Zelensky acusou a Coreia do Norte de estar entrando na guerra de agressão à Ucrânia ao lado da Rússia e, nesta quinta (17), chegou a afirmar em reunião com líderes europeus em Bruxelas que 10 mil soldados norte-coreanos estariam sendo preparados para atuar no conflito.

Essa acusação mais explícita sobre a Coreia do Norte por parte da Ucrânia e seus aliados da OTAN já vinha sendo costurada há alguns meses. Em setembro, o general alemão Carsten Breuer acusou a Coreia do Norte de estar produzindo e abastecendo o Kremlin com armamento, fornecendo principalmente foguetes e mísseis. A acusação, à época, também foi endossada pelos EUA.

Esses desdobramentos ocorreram de forma mais explícita após Rússia e Coreia do Norte firmarem um pacto de colaboração militar em junho, em que um país deve proteger o outro em caso de agressão a alguma das partes.

E na terça feira dessa semana, a Rússia afirmou que pretende formalizar um tratado militar com a Coreia do Norte — o que implica em um avanço na aliança militar entre ambos os países.

A Rússia nega essas acusações sobre a entrada da Coréia como parte da guerra de informação movida pela OTAN. Entretanto, fato é que as alianças têm se formado de forma mais ou menos rápida e desigual de ambos os lados. É certo, também, que o imperialismo russo tem uma influência significativa sobre o Estado norte-coreano, e pode usar disso para interferir na postura do governo da Coreia do Norte em relação à guerra na Ucrânia.

É uma forma, também, da Rússia tentar responder aos envios de armas por parte das potências europeias e a superpotência Estados Unidos à Ucrânia. O imperialismo ianque tem um interesse central em usar a Ucrânia com um país lacaio parte de seu cinturão de mísseis anti-Rússia.

Nesse modo, Zelensky continua a atuar de forma alinhada com o imperialismo norte-americano, confiando nas armas, e não nas massas ucranianas, para triunfar contra o invasor russo. É impossível, ainda, Zelensky condenar o apoio norte-coreano à Rússia enquanto se sustenta com o apoio de imperialistas que apoiam outras guerras de agressão pelo mundo, como é o caso do EUA no Oriente Médio.

Prova que a Ucrânia só tende a perder confiando no EUA são as provas de que o imperialismo russo costura, à revelia do governo ucraniano, acordos com o regime de Putin para pôr fim a guerra mediante a entrega de parte do território agredido.

Essa possibilidade avança conforme a Rússia consolida os avanços significativos na Bacia do Don. Hoje, o imperialismo russo capturou duas vilas no Leste da Ucrânia.

Todos esses fatos, que ocorrem também em um momento de regionalização da guerra no Oriente Médio, são mais elementos que se acumulam no cenário bélico do mundo, em que as potências e superpotências imperialistas, sem condições para enfrentarem-se diretamente, disputam as zonas de interesse por conflitos nas colônias e semicolônias.

Ao mesmo tempo, forças os Estados lacaios a mobilizarem suas economias no sentido da indústria bélica, para servir aos interesses de seus respectivos amos imperialistas.

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