Jornalista denuncia farsa sobre o Caminho do Peabiru

Jornalista denuncia farsa sobre o Caminho do Peabiru

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A jornalista Rosana Bond irá, nos próximos dias, apresentar a vários órgãos de Turismo de Santa Catarina, uma denúncia contra o vereador Henrique Deckmann, de Joinville, que vem cometendo crime ao propagandear que o Peabiru, caminho milenar indígena, passava por seu município e também por Garuva. “Se trata de uma farsa prejudicial a turistas desavisados, a jovens estudantes, professores, e ao próprio turismo catarinense”, diz Bond.

“Ele está se apropriando de uma história que não pertence a Joinville/Garuva e sim a outros municípios do estado”, critica a jornalista, autora de 5 livros sobre o Peabiru. Rosana Bond é tida como uma das maiores especialistas brasileiras no assunto.

Bancando mentira com verba pública

“O vereador está, com fins eleitoreiros escusos, cometendo o crime de propaganda enganosa e outras ilegalidades, pois vem gastando recursos públicos para bancar uma farsa, uma mentira”, lamenta a jornalista.

Não é a primeira vez que ele se vê envolvido em polêmica. Anos atrás, Henrique Ludowigo Deckmann foi prefeito de Maripá, no Paraná, e viu-se processado pelo Ministério Público por improbidade administrativa. Ele negou as irregularidades, foi absolvido, mas teve que sair da cidade, vindo residir em SC.

“O objetivo dele agora é atrair o turismo para Joinville e Garuva. Mas isso é anti-ético e anti-histórico. Usar mentiras e distorções só prejudica”, diz Bond. E complementa: “Eu já passei a ele todos os dados corretos, mas não adiantou. Ele insiste nas inverdades.”  

Trajeto verdadeiro é outro

O Caminho do Peabiru ligava o oceano Atlântico ao Pacífico, possuindo um percurso de cerca de 4 mil km.

Em Santa Catarina, se fazia pelo Rio Itapocu (Tape Puku na língua guarani, significando Caminho Comprido). Passava por Barra Velha, São João do Itaperiu, Guaramirim, Jaraguá do Sul e Corupá.

“Existem cerca de 30 documentos manuscritos, dos anos 1500 e 1600, informando que o caminho dos índios (Peabiru) era pelo Itapocu. Tais textos foram encontrados pelo pesquisador Fábio Krawulski Nunes, de Jaraguá, e estão registrados em cartório”, diz a jornalista.

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