Maranhão
Ao todo, cinco latifúndios da empresa estão sobrepostas às TI’s. A cacica da região, Lucilene Lopes Guajajara, relatou a gravidade da situação ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi): “Tem invasão, os fazendeiros estão loteando tudo. Estão entrando na nossa área, que está demarcada”.
Comitê de Solidariedade à Luta pela Terra (Comsolute) e Coletivo da Campanha Contra a Violência no Campo (CCCVC) exigem suspensão da reintegração de posse e entrega das terras aos camponeses.
A atividade ocorreu como parte da Campanha contra a Grilagem de Terras que faz parte da Jornada de Lutas do Gurupi.
Os manifestantes denunciam que, além do atraso dos salários, também não foram pagos o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o INSS.
A ação contra os moradores atingiu áreas coletivas próximas às casas e roçados da comunidade. As provas em vídeos publicados nas redes sociais mostram tratores em atividade e veículos suspeitos, incluindo uma caminhonete da empresa CORISCO e outros automóveis não identificados.
Camponeses estavam sendo processados por terem reagido a um policial-pistoleiro que disparou contra manifestantes.
Durante o evento, os estudantes ressaltaram a necessidade de fortalecer seus centros acadêmicos para que os problemas enfrentados não sejam tratados individualmente, mas sim coletivamente.
Saneamento básico é tão precário que água de esgoto passa entre as vielas da comunidade, segundo denúncias repercutidas nas redes sociais.
A comunidade denuncia a utilização do judiciário maranhense como um verdadeiro balcão de negócios da família de latifundiários e da participação do “sindicato” de trabalhadores rurais como legitimadora da entrega de terras do povoado baseados em documentação falsificada.
Esse é o primeiro ato de maior escala realizado por ativistas da Frente pelo Passe Livre, que planeja outras mobilizações.