Editorial

Editorial – Uma vez mais, a direita governa

Estamos diante de um governo de direita, conformado por uma coalizão de reacionários direitistas e de oportunistas da falsa esquerda ou esquerda burguesa que, pintando-se com as cores da luta popular, não se importam em ser peões no tabuleiro do latifúndio, do imperialismo, principalmente ianque, e da grande burguesia.
Ao impor-se de forma brilhante e tão contundente, com o Dilúvio de Al-Aqsa a 7 de outubro de 2023, a Palestina alterou profundamente o rumo do Oriente Médio e é protagonista dos ventos revolucionários que percorrem o mundo
As investigações, ao contrário da fala infeliz do ministro de Luiz Inácio, não estão concluídas – pelo menos, não do ponto de vista científico e da verdade. Há muito a se aprofundar, se se quer comprovar a real motivação do crime.
Quando Luiz Inácio elege a política do apaziguamento para tratar com a crise militar, ele está permitindo que se restabeleçam todas as condições favoráveis para o Alto Comando militar voltar à ofensiva mais adiante.
Para atuar com dignidade, como força política independente, os trabalhadores necessitam se libertar das amarras ideológicas, segundo as quais, é preciso contentar-se com o mínimo. “As coisas não estão boas, é certo, mas é o possível, e tudo ficará ainda pior se não se contentar”. Desde a antiguidade, essa é a forma mais eficiente de manter submissos os escravos.
Para “virar a mesa”, os generais do Alto Comando terão de pagar muito mais caro do que pagariam, por exemplo, em 2017. Não há dúvida de que a situação para a luta popular e revolucionária se tornou ainda mais favorável.
Os operários, camponeses e progressistas devem se libertar da camisa de força da chantagem paralisante de que “sem Lula é pior” e da miséria ideológica com que o oportunismo os entorpecem, segundo a qual há que dar sustentação política a este governo e encobrir sua natureza de governo de direita
Apenas a luta radical, sem nenhuma ilusão com os acordos, pode garantir os direitos do povo, em especial, o direito à terra para quem nela vive e trabalha.
Em que pese todas as mudanças nas estruturas de governo, do nível municipal ao federal, com a “alternância de poder” entre todas as siglas do Partido Único, há uma coisa intocada: a lógica da repressão.
A guerra anti-imperialista e antissionista se generaliza pelo Oriente Médio, envolvendo as massas guerrilheiras do Iêmen, Líbano, Síria, Iraque e contando com a convergência do governo do Irã, contra Israel e o imperialismo ianque, e seus sócios menores, como o Reino Unido.