Orçamento secreto

Editorial – Uma vez mais, a direita governa

Estamos diante de um governo de direita, conformado por uma coalizão de reacionários direitistas e de oportunistas da falsa esquerda ou esquerda burguesa que, pintando-se com as cores da luta popular, não se importam em ser peões no tabuleiro do latifúndio, do imperialismo, principalmente ianque, e da grande burguesia.
Até o final do mês de agosto, os ministros do governo de Luiz Inácio já liberaram R$ 690 milhões em verbas do antigo “orçamento secreto” para os estados onde iniciaram as carreiras como políticos reacionários profissionais.
Oportunista Luiz Inácio e o latifundiário Carlos Fávaro (Ministério da Agricultura). Foto: Ricardo Stuckert
Na primeira semana de agosto, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destinou metade de todo o valor restante do chamado “orçamento secreto” disponível ao ministério para apenas sete municípios mato-grossenses, satisfazendo o latifúndio local, região com a maior concentração de terras no país.
Carlos Fávaro na Aprosoja-MT. Foto: Aprosoja
O nome do presidente da Cãmara de Deputados – Arthur Lira – e de seus familiares constavam no caderno-caixa de Luciano Cavalcante, em registros de pagamentos que iam desde hóteis luxuosos até a compra de terras e reformas de fazendas, num total de R$ 834 mil.
Pagamentos supostamente direcionados à Arthur Lira foram revelados. Foto: Reprodução
A cidade de Capinzal do Norte, no interior do Maranhão, recebeu R$ 10 milhões por meio de emendas parlamentares do chamado “orçamento secreto” entre 2019 e 2022.
Capinzal do Norte recebeu R$ 10 milhões entre 2019 e 2022 em emendas parlamentares. Imagem: Reprodução
No dia 1º de junho, uma operação da Polícia Federal (PF) realizou uma busca na casa de Luciano Cavalcanti, principal assessor de Artur Lira, localizada em Brasília e em outros endereços em Maceió (Alagoas). Durante as buscas, uma montanha de dinheiro que somava R$ 4,4 milhões foi encontrada em um cofre.
O governo oportunista de Lula/Alckimin enviará R$ 9 bilhões do “orçamento secreto” para garantir o voto de parlamentares em projetos chaves para sua gestão.