Rio de Janeiro
Nesse cenário, a investida da Polícia Civil na casa de camponeses de outra localidade que apoiaram a resistência apenas reforça que o Estado tem um lado bem definido nesse confronto: o lado dos paramilitares bolsonaristas em sua agressão armada aos camponeses e estudantes.
A população indígena tem seu direito à terra sistematicamente negado. As garantias da Constituição (que, como destacou Izaías em reunião, determina o direito dos Territórios Indígenas) nada valem quando a lei é alvo de coerção para que se favoreça o interesse das elites.
Desde segunda feira os estudantes da UERJ demonstraram que não iriam renunciar à mobilização contra a AEDA 038 e suas variantes rebaixadas, que cortam a assistência estudantil para mais de 6 mil alunos, e contra reitoria que há meses ataca o movimento estudantil.
Para ter uma unidade interna, há que ter democracia, as decisões, principalmente as prioridades, os prejuízos devem ser tomados coletivamente. Políticas de permanência devem ser discutidas com toda a Universidade. Os estudantes devem ter espaço adequado nos Conselhos , ou seja, o co-governo que o movimento estudantil historicamente defende.
O fato ocorreu após a reitoria de Gulnar Azevedo solicitar judicialmente a entrada da tropa de choque no campus Maracanã para reprimir e por fim à ocupação estudantil que já durava 57 dias e tinha como principal objetivo a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa 038, ou então, simplesmente AEDA da fome, como foi apelidado pelos estudantes o ato que cortou bolsas e auxílios de cerca de 6 mil estudantes.  
Na manhã de 20 de setembro, por volta das 6 horas, correspondentes locais de AND chegaram ao portão 5 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) para cobrir as mobilizações estudantis contra a reintegração de posse da reitoria da Uerj e da Tropa de Choque da PMERJ. Às 9 horas, foi possível acessar o prédio principal, onde os estudantes já se preparavam para uma plenária. Os estudantes receberam os correspondentes de AND de forma acolhedora, permitindo assim a cobertura dos acontecimentos.
A desocupação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), levada a termo pela Tropa de Choque da PM a serviço da reitoria de Gulnar Azevedo, neste dia 20/09, que tinha o objetivo de dar um golpe definitivo na luta contra a "AEDA da Fome", se transformou numa grande derrota política.
Tropas de choque da polícia militar invadiram a Universidade do Estado do Rio de Janeiro a mando da reitoria reacionária de Gulnar Azevedo e Bruno Deusdará para cumprir reintegração de posse contra a ocupação dos estudantes contra o AEDA da Fome.
A reitoria, sob a gestão reacionária de Gulnar Azevedo e Bruno Deusdará, convocou a tropa de choque da PMERJ para reprimir os estudantes mobilizados na luta contra o AEDA da fome. Os correspondentes locais de AND estão acompanhando desde cedo as movimentações na Uerj e apuraram que o Choque está posicionado no portão 7 da universidade, nos preparativos de reprimir a luta estudantil.