Mato Grosso do Sul
A ofensiva do latifúndio bolsonarista contra as massas camponesas, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, na busca insana por abocanhar enormes porções de terras devolutas ou de preservação, é uma luta armada contra o povo, sob os auspícios do governo de turno, que nada faz
Com exclusividade ao AND, um dos advogados que compõe o Núcleo Jurídico da Aty Guasu – Grande Assembleia Guarani Kaiowá, cuja identidade será resguardada por razões de segurança, contou em detalhes o que ocorreu no dia do assassinato de Neri Mendes. O indígena foi assassinado a tiros por tropas da polícia militar em uma operação na Terra Indígena (TI) Nhanderu Marangatu, no dia 19 de setembro. 
A gravidade dos ataques às comunidades indígenas no Mato Grosso do Sul revela como o governo federal pretende lidar com a questão indígena. A Aty Guasu denuncia os assassinatos e ataques contra os Guarani-Kaiowá na TI Nhanderu, no qual milícias rurais de extrema-direita tem atuado e exige respostas do governo federal.
É evidente que os responsáveis imediatos e centrais pelo crime são o latifúndio bolsonarista do Mato Grosso do Sul e seus agentes oficiais e paramilitares. Mas o governo federal também tem sua cota de responsabilidade na tragédia.
A polícia militar estava no local a pedido de Luana Ruiz (PL), uma das principais articuladoras do latifúndio no MS, assessora especial da Casa Civil do Governo Estadual do Mato Grosso do Sul. Luana é filha de Roseli Ruiz e Pio Queiroz Silva, proprietários da Fazenda Barra, onde ocorre a retomada dos Guarani Kaiowá.
DCE da UFGD organiza grande ato contra os ataques paramilitares às Retomadas Guarani-Kaiowás de Douradina e participa de Missão de Solidariedade a Yvy Ajere.
Trata-se de uma guerra civil rural, imposta pelo bolsonarismo aos pobres do campo. Desgraçadamente, apenas o primeiro lado possui um exército.