tomadas de terras

Mais de 9 mil famílias camponesas realizam 9 ocupações como parte do Abril Vermelho

As ocupações ocorreram no Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Pernambuco, Ceará e Pará, mas outras mobilizações também foram realizadas em Santa Catarina. Ao todo, mais de 9 mil famílias foram mobilizadas. 
Essa é a primeira ocupação de terra do MST no ano de 2024, e ocorre após um ano de 2023 marcado pela discrepância entre a paralisia completa na compra de terras para a reforma agrária e os grandes investimentos no latifúndio por parte do governo. 
Na madrugada de 20 de novembro, data em que se comemora a luta do povo preto no Brasil, mais de mil famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Pará ocuparam as fazendas Santa Maria e Três Marias. Essas áreas estão situadas no município de Parauapebas, sudeste do Pará, região de grandes conflitos agrários operados pela grilagem e a grande mineração. 
Em 07 de outubro, com apoio da LCP – Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia, mais de 130 famílias camponesas retomaram as terras prometidas para moradias populares, situadas na margem do canal de irrigação na localidade de Mocambinho no Distrito de Irrigação – Projeto Jaíba.
Mais de 100 famílias camponesas dirigidas pela LCP retomaram as terras da Fazenda Lagoa dos Portácios, de onde haviam sido despejadas em março.
No dia 29 de maio, uma comitiva liderada pelo deputado reacionário Ricardo Salles (PL-SP) importunou camponeses pobres no Pontal do Paranapanema, região Oeste do estado de São Paulo.
Reacionário Ricardo Salles, relator da "CPI do MST". Foto: Reuters
Entre os dias 28 de abril e 2 de maio, centenas de famílias camponesas de dois importantes estados do nordeste tomaram quatro latifúndios.
Camponeses fazem ocupação de terras na Bahia. Foto: Divulgação