Luta Pela Terra
A ocupação se dá dias após a Força Nacional invadir a Aldeia de Barra Velha, sem qualquer ordem judicial, e prender indígenas pataxós
A detenção, ocorrida na manhã de quarta-feira (02/07) em Porto Seguro, envolveu uma operação furtiva com duas viaturas e terminou com quatro indígenas detidos — incluindo o cacique, figura central na articulação pela demarcação das terras indígenas (TI’s) Pataxó.
Segundo o jornal Resistência Camponesa, as denúncias e depoimentos dos camponeses foram coletados durante a Missão de Solidariedade à Área Revolucionária Gedeon José Duque.
O ato será uma potente demonstração de solidariedade aos camponeses que, nos últimos meses, foram alvos de vários ataques de pistoleiros e policiais a serviço do latifúndio e afiliados ao movimento paramilitar "Invasão Zero".
O que explica em grande parte a situação do Rio Grande do Sul, que deverá se agravar nos próximos anos a ponto de transformar o estado no epicentro da criação de refugiados climáticos no Brasil, é o avanço do chamado agronegócio e dos seus operadores políticos.
Novo centro policial internacional com objetivos escusos iniciou as atividades na região para “combater crimes ambientais”, cujos principais responsáveis (os latifundiários) geralmente não são alvo de operações – pelo contrário, têm forças policiais como o seu braço armado.
Órgão federal autorizou explosão do Pedral do Lourenção para atender os interesses do ‘agronegócio’ e da mineração, ignorando a presença de ribeirinhos, pescadores e camponeses que vivem no Rio Tocantins.
Parlamentares ligados ao grupo paramilitar ‘IZ’ foram requisitados após ocupação relâmpago de fazenda por dezenas de famílias camponesas.
Indígenas decretaram uma Mobilização Nacional para 9 de junho, unindo-se em todo o país para mostrar o repúdio à guerra anti-indígena dos políticos do Senado (e Câmara dos Deputados, que também votará o PDL) que representam o latifúndio, o agronegócio e demais setores das classes dominantes antipovo.
Segundo o Conselho de Gestão Ka’apor – Tuxa Ta Pame, a empresa não realizou a consulta livre, prévia e informada (CLPI) com todo o povo Ka’apor, conforme determina a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que garante o direito dos povos indígenas à autodeterminação e à participação nos processos que impactam seus territórios.