Pistolagem

Extrativistas denunciam desmatamento latifundiário no Sul da Amazônia

De acordo com a apuração da agência de jornalismo independente Amazônia Real, os grileiros buscam a extração das madeiras e a transformação das áreas de vegetação nativa em pastos para o gado
A casa da família já havia sido alvo de tiros no dia 4/4. Isso, junto com o fato de que Hariel foi encontrado morto um dia depois do fim do ATL alimenta a hipótese de que o filho da liderança foi assassinado por um crime político associado a pistolagem. 
Segundo os camponeses, 27 carros, tratores agrícolas e drones foram usados no cerco contra as mais de 200 famílias que estavam no acampamento. 
Desde o dia 1° de abril, policiais têm realizado uma incursão violenta e sem mandado judicial na ocupação Nova Esperança. Moradores denunciam que os militares invadiram as casas e promoveram terror na noite. A ocupação, se localiza em Campo Magro, Região Metropolitana de Curitiba.
Mesmo com a propriedade já estando nas mãos do Instituto Nacional para Colonização e Reforma Agrária (Incra), os latifundiários da região cercaram o acampamento camponês com a falsa alegação de que a propriedade era sua.
Após o Corte Popular pelos camponeses e seguidas derrotas do latifúndio, a empresa CALSETE INDÚSTRIA E COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA se desespera e contrata pistoleiros de “Faroeste Ltda” para atacar famílias do Acampamento Mãe Bernadete.
Camponeses tem sido alvos de ataques com cachorros pitbull e tentativas de incêndios criminosos.
As famílias camponesas sofrem com a ação de milícias e pistoleiros a mando de latifundiários grileiros de terras.
O notório assassinato do organizador do acampamento camponês ocorre em um cenário de aumento dos crimes do latifúndio e da pistolagem contra camponeses em luta pela terra.
A comunidade tem mais de 200 anos de existência, com terras passadas de geração para geração, na qual os moradores trabalham na roça para sua subsistência.