Comitê de Apoio – São Luís (MA)

MA: Camponeses denunciam e enfrentam crimes do latifúndio

No dia 19/4, o quilombo Onça foi atacado por pistoleiros, enquanto no dia 14/4 uma casa da comunidade São Benedito foi destruída pelos capangas dos latifundiários.
Ações covardes do latifúndio afetaram plantações de camponeses, por meio da pulverização de agrotóxicos feitos por aviões e drones, com imagens capturadas em flagrante.
Camponeses tem sido alvos de ataques com cachorros pitbull e tentativas de incêndios criminosos.
Os moradores denunciam insegurança alimentar, destruição de habitação e poluição em área de preservação.
As famílias camponesas sofrem com a ação de milícias e pistoleiros a mando de latifundiários grileiros de terras.
A comunidade tem mais de 200 anos de existência, com terras passadas de geração para geração, na qual os moradores trabalham na roça para sua subsistência.
O evento contou com a participação de advogados populares, pesquisadores, sindicalistas e jornalistas do estado de outras regiões do país que participaram da comissão julgadora do Tribunal. 
O depósito tinha quase uma dezena de armas longas, munições e equipamentos “táticos” como coletes, balaclavas e facas.
Até hoje, em meio à contínua pressão da grilagem sobre as terras da Amazônia, em toda região do Gurupi, Quintino segue vivo nas mentes e corações dos camponeses que resistem ao latifúndio.
Nos dias 9 e 10 de março será realizado o Tribunal Popular contra os crimes do latifúndio e da grilagem de terras em Junco do Maranhão, com o objetivo de julgar os crimes ocorridos na Gleba Campina.