No dia 15 de abril, os estudantes da UFF iniciaram as atividades de greve estudantil, deflagrada no dia 11 de abril na assembleia geral dos estudantes, em resposta ao sucateamento das universidades públicas. Faixas foram produzidas e áreas da universidade foram bloqueadas com piquetes como parte das atividades.
A decisão pela greve foi tomada pelos estudantes em apoio à greve dos servidores técnicos-administrativos, iniciada nacionalmente no dia 11 de março, pela recomposição orçamentária das universidades públicas, reajuste salarial dos servidores em 22% e por pautas básicas dos estudantes, como ampliação das bolsas e auxílios, passe livre e reformas na estrutura dos prédios da Universidade.
A posição pela greve estudantil em formato de greve de ocupação foi defendida pelo Comitê Independente de Lutas da UFF (CILU – UFF) e por Centros Acadêmicos independentes desde a primeira assembleia dos estudantes, realizada no dia 26 de março. Os estudantes independentes, desde então, permaneceram com amplas atividades de mobilização e politização sobre cortes orçamentários que retiraram R$ 310 milhões das universidades públicas este ano. Na assembleia do dia 11/04, os estudantes, em consenso, aprovaram a deflagração da greve, a criação de seu comando e um calendário com atividades de propaganda, piquetes e manifestações.
As ações de greve começaram no raiar do dia 15, em meio a paralisação dos docentes, com piquetes nos prédios do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF) e do Instituto Biomédico – no qual os estudantes resistiram às agressões e tentativas de intimidação de elementos reacionários que queriam barrar a ocupação -, com atividades de agitação e propaganda no Instituto de Artes e Comunicação Social (IACS) e panfletagem no campus da Praia Vermelha.
Após os piquetes, os estudantes se dividiram em comissões de limpeza, segurança, propaganda, calendário e alimentação. Ao longo do dia, estudantes de diversos cursos se empenharam na confecção de cartazes, faixas e murais e na realização de refeições coletivas. Terminando o dia, foi aprovado em assembleia o calendário de mobilização, incluindo rodas de conversas sobre a greve, cinedebates, saraus culturais e uma manifestação no dia 17/04 com destinos à reitoria e ao centro de Niterói.