RJ: Polícia Militar do governador genocida Cláudio Castro mata jovem no Complexo da Maré

A PM do Rio de Janeiro realizou uma operação no Complexo da Maré e matou um jovem trabalhador desarmado, baleando também outros dois moradores.

RJ: Polícia Militar do governador genocida Cláudio Castro mata jovem no Complexo da Maré

A PM do Rio de Janeiro realizou uma operação no Complexo da Maré e matou um jovem trabalhador desarmado, baleando também outros dois moradores.
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A polícia assassina do genocida Cláudio Castro iniciou mais uma operação às 9h30 da manhã desta quinta-feira (08), na região da Nova Holanda, no Complexo da Maré. Um jovem de 22 anos foi morto em decorrência da repressão policial criminosa. Moradores divulgaram um vídeo com o momento exato em que, em meio à um protesto, o policial atira contra um jovem manifestante.

Polícia covarde e assassina, governador genocida

O jovem Jeferson Araújo da Costa, de 22 anos, foi baleado por um tiro à queima roupa na altura do tórax na esquina da Rua Teixeira Ribeiro e Avenida Brasil, enquanto participava de uma manifestação que denunciava o fato de uma criança ter passado mal após sua casa ser invadida. Familiares do jovem anunciaram em seguida que ele foi levado ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, com vida e no caminho a polícia o executou.

O vídeo mostra o policial militar acertando Jefferson com um tiro de fuzil. A PM afirma que o policial que fez o disparo foi identificado e conduzido à 21ª DP (Bonsucesso) e que sua conduta será investigada pela Corregedoria da Corporação, com análise das imagens da câmera corporal que ele usava no uniforme. O nome do policial não foi divulgado. Qualquer que seja o resultado da investigação, porém, nada mudará o fato que a Polícia Militar do Rio de Janeiro é responsável por no mínimo 30% das mortes violentas no estado e que ela assassina de forma sistemática o povo preto, pobre e favelado.

Atenção: imagens fortes.

A operação policial assassina contou com caveirões e agentes da Polícia Civil e do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Logo no início da ação, informações de moradores revelaram que invasões e “esculachos” contra moradores, que são o modo de operação da polícia contra os pobres, já estavam ocorrendo de forma generalizada na Nova Holanda e Parque União.

Durante toda a tarde, mais carros de polícia foram direcionados ao local sem qualquer previsão de quando a operação vai ser finalizada. Moradores também denunciaram que toda a ação policial que resultou na morte de Jefferson foi fruto de imprudência, afirmando que o jovem era um trabalhador e o policial atirou sem qualquer motivação.

Uma moradora que estava próxima de Jefferson denunciou que os demais manifestantes chegaram ao local com panos brancos, protestando contra a hospitalização de uma criança em razão da ação policial. Revela também que o policial encurralou Jefferson e, que quando ela correu para acudi-lo, ambos foram atacados com spray de pimenta. Neste momento, o policial arremeteu contra o jovem mais uma vez e efetuou o disparo. Após o tiro, o policial fugiu, segundo o relato de uma das pessoas que estavam no local em um vídeo, e a PM negou socorro ao jovem em um primeiro momento.

A atitude da PM do Rio de Janeiro, submetida ao governador genocida Cláudio Castro e ao Exército reacionário, mostra bem o papel do velho Estado, que é reprimir o povo. A política de assassinatos contra pretos, pobres e favelados no Brasil e especialmente no Rio de Janeiro, sustentada por Cláudio Castro no governo de turno, é parte da sustentação dessa farsa que quer se pintar de democracia, mas que não engana ninguém e principalmente aqueles que mais sofrem nas mãos das forças de repressão.

Imagem mostra local em que jovem perdeu sangue após disparo de PM criminoso.

Este é o segundo dia consecutivo de operações policiais na Maré na primeira semana de aulas para os alunos da região. Muitos desses ainda estavam a caminho da escola no momento em que a operação teve início. Alunos de uma escola da região precisaram deitar no chão do colégio para se proteger do tiroteio durante a operação. Duas escolas estaduais precisaram ser fechadas e a Secretaria Municipal de Educação ativou o protocolo de segurança.  A Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva também foi fechada.

Além do jovem morto, há informações de outras duas pessoas baleadas, encaminhados ao Hospital Evandro Freire. Eles foram baleados na perna e nádega. Dois outros moradores ficaram feridos: Marcos, de 25 anos, morador da Nova Holanda, que foi fortemente agredido por agentes policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), e outra pessoa não nomeada, que foi agredida física e psicologicamente.

Um idoso também teve de ser socorrido após sofrer um ataque cardíaco. Um vídeo mostra o homem sendo levado por moradores em um carrinho de mão. Informações dadas por moradores em grupos de redes sociais dizem que os tiros precipitaram o ataque cardíaco.

Segundo o 22° Batalhão de Polícia Militar (PM), que é o responsável pela região, a “operação emergencial” tinha como objetivo recuperar 11 carros roubados de um caminhão cegonha que estariam no Complexo

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