Manifesto para ato político: ‘Nem esquecer, nem apaziguar: condenar o golpe militar ontem e hoje’

Na passagem do 60º aniversário do golpe militar de 1964, urge que os genuínos democratas, progressistas e revolucionários de nosso País condenem uma vez mais e de forma contundente o golpismo que ainda hoje granjeia na sociedade, assim como, as políticas de apaziguamento e esquecimento que apenas fortalecem os fascistas.

Manifesto para ato político: ‘Nem esquecer, nem apaziguar: condenar o golpe militar ontem e hoje’

Na passagem do 60º aniversário do golpe militar de 1964, urge que os genuínos democratas, progressistas e revolucionários de nosso País condenem uma vez mais e de forma contundente o golpismo que ainda hoje granjeia na sociedade, assim como, as políticas de apaziguamento e esquecimento que apenas fortalecem os fascistas.

Na passagem do 60º aniversário do golpe militar de 1964, urge que os genuínos democratas, progressistas e revolucionários de nosso País condenem uma vez mais e de forma contundente o golpismo que ainda hoje granjeia na sociedade, assim como, as políticas de apaziguamento e esquecimento que apenas fortalecem os fascistas.

Há 60 anos, após mais de década de conspirações e manobras intervencionistas na vida política nacional, o Alto Comando das Forças Armadas reacionárias desatou o golpe militar a 31 de março de 1964. Os generais golpistas e o establishment das classes dominantes desataram-no, em conluio com forças políticas oficiais direitistas, manobrados pelos interesses imperialistas norte-americanos em nosso País e respaldados na certeza de que não enfrentariam resistência do governo de então. O maior receio das classes dominantes, além das movimentações reformistas de João Goulart, se encontrava no campo: as Ligas Camponesas ameaçavam acabar com séculos de latifúndio agro-exportador, parasitário e coronelista.

Aqueles acontecimentos não são um “trauma” a ser esquecido. Pretender esquecê-lo, como defenderam o presidente da república Luiz Inácio e o general ultradireitista Hamilton Mourão, obviamente concorre para a sua repetição. Afinal, não é uma ferida cicatrizada: como o 8 de janeiro demonstrou, a ferida ainda está aberta e sem o tratamento adequado. Ainda hoje, tanto quanto na década de 1960, as ervas daninhas do golpismo crescem por todos os corredores e saletas de reuniões na caserna.

A política de apaziguamento, levada adiante nos antecedentes e depois da Constituinte de 1988, gerou a base para que ocorresse, de 2015 para cá, novas ofensivas intervencionistas do Alto Comando das Forças Armadas. Ao fim do regime, não foi levada adiante a alteração dos currículos e da doutrina de Segurança Nacional – que, sob outros nomes, segue vigente na mentalidade das Forças Armadas, que consideram a si mesmas o Poder Moderador de garantia da estabilidade constitucional “democrática” e, portanto, consideram-se também na posição de definir em qual momento se justifica uma ruptura. Ao não enfrentar decididamente o golpismo, não se alterou – pós 1988 – sequer os homens que ocupavam o Alto Comando, sendo os atuais a continuidade. Mesmo a Constituinte contou com reiteradas pressões e manobras militares para que fosse aprovado o artigo 142 da Constituição, de redação ambígua, de modo a servir, no futuro, para novas rupturas institucionais. Ao olhar a história, por desgraçado que seja, não é surpreendente que estejamos diante de um novo golpe de Estado. Golpe que só não se consumou por não contar com a aprovação dos interesses norte-americanos no País, por temerem que produziria uma situação de conflagração geral, especialmente no campo, onde a luta pela democratização do acesso à terra aos camponeses pobres, sobretudo na Amazônia Ocidental (Rondônia), foi o palco de resistência mais importante ao governo militar de Bolsonaro.

Se repetir a mesma política de apaziguamento vigorante desde 1988, os genuínos democratas, progressistas e revolucionários contratarão uma nova crise militar, que por se apoiar em uma base irresolvida, será mais grave e perigosa.

É urgente que os progressistas, democratas genuínos e revolucionários empreendam sério combate ao golpismo, condenando os 60 anos do golpe militar de 1964 e o golpismo ainda hoje. Como parte de combater a política do apaziguamento (apenas uma forma de acovardar-se), exigimos que seja reinstalada a Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos pelo governo de turno, por se tratar de uma demanda sentida dos familiares e de importância sem igual para trazer ao debate político nacional os horrores fascistas do regime militar. Se faz necessário defender as liberdades democráticas, já tão parcas e sob ataques permanentes, através da urgente mobilização.

O jornal A Nova Democracia conclama a todos para o Ato Político, sob o mote Nem esquecer, nem apaziguar: condenar o golpe militar ontem e hoje!”.

O ato ocorrerá no Rio de Janeiro, a 25 de abril, no Salão Nobre do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais – IFCS/UFRJ, às 17h30.

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